Subsidiária da Siemens relata aumento de prejuízos em meio à redução de atividade na Rússia

O prejuízo líquido da Siemens Energy deverá crescer em 2022, após já ter registrado um resultado negativo no ano passado, apontou a empresa alemã.

A Siemens Energy anunciou nesta segunda-feira (8) um prejuízo líquido adicional de € 200 milhões (R$ 1,05 bilhão) após a redução de seu comércio na Rússia, indicou a agência britânica Reuters.

A empresa referiu que estava em conversa com as autoridades russas para vender ou reduzir suas atividades comerciais no país.

A Siemens Energy previa que o lucro líquido negativo de 2022 fosse semelhante ao de 2021, de € 560 milhões (R$ 2,95 bilhões), mas agora ela antecipa perdas maiores.

No entanto, a empresa subsidiária garantiu que ainda estava preparada para assegurar as turbinas para o gasoduto Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1).

Atualmente, segundo a Reuters, a Siemens Energy está também em conversações com a empresa estatal russa Gazprom sobre o transporte à Rússia da turbina que falta ao gasoduto, em meio a desacordos entre Berlim e Moscou sobre os documentos necessários para fazê-lo.

O Nord Stream 1 neste momento transporta apenas 20% da capacidade do gasoduto devido às sanções, que impedem a chegada do equipamento necessário em condições, sublinhou o governo russo.

Os países da União Europeia impuseram sanções multissetoriais à Rússia depois que ela iniciou uma operação militar especial na Ucrânia, incluindo uma proibição à importação do petróleo russo a partir de dezembro de 2022. Em resposta, a Rússia tem exigido o pagamento pelo gás em rublos. Além de cortar o fluxo a países que não respeitam o esquema, ele tem sido interrompido por problemas técnicos relacionados com as sanções e pelos próprios países que aderiram às sanções contra a Rússia.