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WSJ: Europa corre o risco de deslizar 'para a direita' devido a sanções contra Rússia

© REUTERS / Eric Feferberg/PoolMarine Le Pen e Emmanuel Macron, candidatos das eleições presidenciais na França.
Marine Le Pen e Emmanuel Macron, candidatos das eleições presidenciais na França. - Sputnik Brasil, 1920, 12.04.2022
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Aumento dos preços de combustíveis, serviços públicos e quase todos os produtos alimentícios testam a força da disposição dos europeus de apoiar sanções antirrussas, escreve editorial de jornal dos EUA.
Articulistas do The Wall Street Journal, um dos principais jornais dos EUA, escreveram nesta terça-feira (12) sobre as consequências das sanções norte-americanas sobre a Rússia na União Europeia (UE).
Segundo os autores do artigo, as dificuldades econômicas "criam um risco" de a Europa eleger líderes considerados de "direita". Para a publicação, os recentes resultados da corrida presidencial francesa e a crescente popularidade da direita na Itália confirmam essa tendência.

"Na França, a campanha de Marine Le Pen se concentrou no impacto econômico e no aumento da inflação. Ela fez comícios em pequenas cidades rurais prometendo cortar impostos sobre combustíveis e outras necessidades", diz o jornal.

Em seguida, a publicação relembra que Matteo Salvini, "líder italiano de um partido anti-imigrantes", também tem uma campanha focada em "impostos e economia".
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"Da França à Espanha, Alemanha e Grécia, uma combinação de salários quase estagnados e preços crescentes está provocando protestos e aumentando a pressão sobre governos fragilizados por anos de restrições impopulares à COVID-19."

O WSJ cita o "fato notório" de que "os próprios europeus estão insatisfeitos" com as economias dos países da zona do euro, principalmente após as sanções antirrussas.
Alguns europeus, principalmente os mais pobres, acham que a oportunidade de se recuperar da pandemia foi perdida. A publicação cita os preços da energia na Europa, que subiram 12,5% em março em relação a fevereiro.
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Há um ano, eles estavam 44,7% mais baixos. De acordo com pesquisas, 82% dos alemães, 79% dos italianos e 78% dos espanhóis acreditam que seus gastos domésticos vão aumentar no próximo ano.
O editorial do jornal norte-americano traz ainda exemplos de empresários pequenos que sofreram com a crise.
Morena Colombi, que trabalha para uma empresa de cosméticos perto de Milão, disse ao WSJ que sua conta de aquecimento nos últimos dois meses foi de 1.250 euros (R$ 6.345). Pelo mesmo período, no ano passado, ela teve que pagar 450 euros (R$ 2.284).
O clima sombrio é levantado por questões sobre quantos custos econômicos os eleitores europeus estão dispostos a suportar em meio ao que parece ser um confronto prolongado com a Rússia.
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