Defesa antimísseis dos EUA não pode interceptar veículos hipersônicos, diz general norte-americano

De acordo com o chefe de importantes órgãos militares estadunidenses, "é imperativo que o Departamento de Defesa desenvolva" mais capacidade para deter veículos hipersônicos que Rússia e China estão aprimorando.

Segundo o general Glen D. VanHerck, chefe do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD, na sigla em inglês) e do Comando Norte dos Estados Unidos (USNORTHCOM, na sigla em inglês), o sistema de defesa antimísseis dos EUA não pode se defender, interceptar ou destruir quaisquer ataques dos veículos hipersônicos que a Rússia e a China estão desenvolvendo e implantando.

"O sistema de defesa de mísseis balísticos não é capaz de interceptar veículos hipersônicos planadores", disse VanHerck ao Comitê de Serviços Armados do Senado dos EUA.

Os militares norte-americanos ainda não possuem radares espaciais integrados e redes de monitoramento capazes de rastrear essas armas, alertar as forças terrestres e direcionar as interceptações, afirmou o general.

"É imperativo que o Departamento de Defesa desenvolva e implante uma rede integrada de conscientização de domínio baseada no espaço capaz de detectar e rastrear ICBM [mísseis balísticos intercontinentais], armas hipersônicas e mísseis de cruzeiro", acrescentou.

Em dezembro de 2019, a Rússia enviou os primeiros ICBM do mundo equipados com uma carga útil de veículo planador hipersônico, projetado para planar em velocidades extremamente altas e manobrar em baixas altitudes para complicar a capacidade dos EUA e seus aliados de detectá-los e atacá-los.