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Em qualquer cenário 'Maduro sairá ganhando', diz ex-ministro de Chávez sobre crise do petróleo

© Sputnik / Mikhail Klimentiev / Acessar o banco de imagensPresidentes da Venezuela, Nicolás Maduro (à esquerda), e da Rússia, Vladimir Putin (ao lado).
Presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro (à esquerda), e da Rússia, Vladimir Putin (ao lado). - Sputnik Brasil, 1920, 13.03.2022
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Economista que foi ministro de Hugo Chávez, ex-presidente venezuelano, diz que vender petróleo aos EUA "muda o jogo" na Venezuela.
A América Latina olha com atenção para a operação militar especial da Rússia na Ucrânia. A Venezuela, particularmente, foi alçada nos últimos dias pelos EUA a possível substituta do petróleo russo, alvo de sanções do governo de Joe Biden.
Há muita especulação sobre o assunto no momento. Recentes declarações de altos funcionários norte-americanos indicam que Biden está disposto a "reconsiderar" algumas penalizações contra a Venezuela, mas sob condições específicas.
Por outro lado, em entrevista à Sputnik, o deputado venezuelano Jesús Faría afirmou que a Venezuela não vai se sujeitar a nenhum tipo de condição que o governo dos Estados Unidos pretenda impor.
Enquanto o impasse é discutido pelos países, o economista Victor Alvarez, ex-ministro de Indústria e Comércio na era Hugo Chávez, concedeu uma entrevista à revista Veja e explicou o que significa o possível fim das sanções dos EUA à Venezuela.
© REUTERS / Handout / Palácio MirafloresNicolás Maduro, presidente da Venezuela, aplaude durante evento na sede da empresa petrolífera estatal PDVSA, em Caracas, 19 de fevereiro de 2021.
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, aplaude durante evento na sede da empresa petrolífera estatal PDVSA, em Caracas, Venezuela, 19 de fevereiro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 13.03.2022
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, aplaude durante evento na sede da empresa petrolífera estatal PDVSA, em Caracas, 19 de fevereiro de 2021.
No centro do tabuleiro está a PDVSA (Petróleos de Venezuela, S.A.), petrolífera que foi devastada na última década em função das restrições dos EUA ao governo de Nicolás Maduro. A PDVSA chegou a produzir nos anos 2000 mais de 3 milhões de barris por dia. Atualmente estacionou em 500 mil.

Para Victor Alvarez, "sem as sanções, a Chevron e outras multinacionais voltam a operar em solo venezuelano e são capazes de produzir 1,2 milhão de barris por dia, o que resolve sem sustos a demanda norte-americana".

Ele avaliou que os recursos que entrariam no país "estão longe de ser a salvação da Venezuela, mas podem ser, sim, a salvação do governo Maduro". Por outro lado, relembrou que o presidente enfrenta resistências internas ante uma aproximação com os Estados Unidos.
Questionado sobre a possibilidade de os bloqueios à Rússia serem também um baque para a Venezuela, o economista disse que "eles tiram oxigênio financeiro de Maduro, uma vez que os bancos russos foram banidos do sistema SWIFT [na sigla em inglês, Sociedade Mundial de Telecomunicações Financeiras Interbancárias] e não é possível receber pagamentos e transferências deles".
Para Alvarez, a China, alinhada com a Venezuela, tem força para mudar o atual cenário. "Os incentivos chineses podem embaralhar tudo. Maduro navega hoje neste mar de cenários. O fato é que em qualquer um deles sai ganhando. É um sobrevivente", comentou.

EUA x Venezuela

Em 2019, os EUA romperam relações diplomáticas com Nicolás Maduro e fecharam sua embaixada em Caracas, após acusação de fraude nas últimas eleições venezuelanas.
À época, o governo do ex-presidente Donald Trump impôs sanções às exportações do petróleo do país e a altos funcionários, reconhecendo o líder da oposição, Juan Guaidó, como presidente.
Maduro respondeu às penalizações buscando ajuda econômica e diplomática da Rússia, assim como do Irã e da China.
As empresas de energia e os bancos russos têm sido essenciais para permitir que a Venezuela continue exportando petróleo, maior fonte de renda do país no exterior, apesar das restrições, segundo empresários e autoridades dos EUA e da Venezuela.
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