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Astrônomos descobrem como calcular 'batimento cardíaco' de buraco negro (VÍDEOS)

© Foto / ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)Impressão artística de um vento galáctico impulsionado por um buraco negro supermassivo localizado no centro de uma galáxia. A intensa energia que emana do buraco negro cria um fluxo de gás em escala galáctica que expele a matéria interestelar que é o material para a formação de estrelas
Impressão artística de um vento galáctico impulsionado por um buraco negro supermassivo localizado no centro de uma galáxia. A intensa energia que emana do buraco negro cria um fluxo de gás em escala galáctica que expele a matéria interestelar que é o material para a formação de estrelas - Sputnik Brasil, 1920, 07.03.2022
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Os pesquisadores utilizaram 15 anos de dados provenientes de diferentes telescópios para conseguir realizar os estudos.
O projeto partiu da descoberta de que os buracos negros, antes de emitirem jatos, ganham uma grande coroa. Esta dinâmica foi apelidada pelos pesquisadores de "batimento cardíaco".
Assim como o sangue humano não consegue estar nos átrios e nos ventrículos ao mesmo tempo, os astrônomos explicam que os buracos negros primeiro aumentam a temperatura e criam a coroa, para depois expelirem os jatos.

"Parece lógico, mas existe um debate há 20 anos sobre se a coroa e o jato eram simplesmente a mesma coisa. Agora vemos que eles surgem um após o outro e que o jato acontece depois da coroa", explicou o líder do estudo, Mariano Méndez, da Universidade de Groningen, nos Países Baixos.

Os pesquisadores usaram dados de análises de diferentes telescópios, em um intervalo de 15 anos. Entre os principais aparatos utilizados pelos astrônomos, estão o telescópio espacial da NASA Rossi X-ray Timing Explorer (RXTE, na sigla em inglês) e o conjunto de telescópios Ryle, no Reino Unido.
Enquanto o RXTE fazia registros da radiação de raios X com alto nível de energia da coroa do buraco negro, os telescópios do sistema Ryle monitoravam os jatos emitidos com um sistema especial que registra emissões com baixo nível de energia.

"Foi um grande desafio demonstrar essa natureza sequencial. Tivemos que comparar dados de anos com os de segundos, e de energias muito altas com muito baixas", explicou Méndez.

O buraco negro observado no estudo é o GRS 1915+105, que está a cerca de 36.000 anos luz de distância da Terra, tem massa 12 vezes maior que a do Sol e é considerado um duplo sistema, pois tem uma estrela normal girando ao seu redor.
O estudo, publicado na revista acadêmica Nature Astronomy, avançou o conhecimento da comunidade científica sobre os buracos negros, mas não respondeu a todas as perguntas sobre o assunto.
Um dos principais questionamentos gerados pelo projeto é sobre a coroa, que segundo os astrônomos, contém mais energia do que pode ser explicado pelos registros de raio X. A teoria, ainda não comprovada, é que essa energia seja gerada por campos magnéticos.
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