MRE da Polônia anuncia início de apreensões de propriedades russas em Varsóvia

Segundo MRE polonês, medida acontece por uma "grosseira discrepância na quantidade de imóveis" da Rússia na Polônia, no entanto, o vice-ministro da pasta disse que prédios deveriam abrigar refugiados da Ucrânia.

De acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Polônia, nesta terça-feira (1º), o país começou a confiscar propriedades russas em Varsóvia, incluindo o prédio de uma escola dentro da embaixada russa.

"O Ministério das Relações Exteriores solicitou às autoridades governamentais competentes a apresentação de um processo de execução em relação a dois bens imobiliários que não são usados ​​para fins diplomáticos e consulares e são de propriedade ilegal da Federação da Rússia, ou seja, imóveis instalações localizadas em Sobieskiego 100 e Kieleckiej 45 em Varsóvia", diz o texto.

A escola da Embaixada da Rússia na Polônia está localizada no prédio da Rua Kieleckiej 45. O prédio de Sobieskiego 100 foi anteriormente habitado por diplomatas russos, mas agora está desocupado e precisa de reparos.

O ministério observou que "em relação a ambas instalações, foram emitidas as decisões finais dos tribunais poloneses, ordenando que sejam transferidas para o seu legítimo proprietário - o Tesouro do Estado".

A pasta explicou a ação por uma "grosseira discrepância na quantidade de imóveis" da Polônia na Rússia e da Rússia na Polônia, assim como "a falta de perspectivas para encontrar uma solução para esse problema em um futuro próximo".

No entanto, segundo o vice-ministro das Relações Exteriores polonês, Marcin Przydacz, o prédio deveria receber refugiados da Ucrânia.

"Na Polônia, há muitos imóveis ocupados ilegalmente pela Rússia. Devemos devolvê-los. Essa decisão foi tomada ao mais alto nível por Varsóvia. Esses prédios deveriam abrigar pessoas que sofreram com a guerra", afirmou.

A Embaixada da Rússia na Polônia vai lidar com os aspectos legais da decisão, disse o embaixador russo em Varsóvia, Sergei Andreev, à Sputnik.

"Ouvimos as informações que nos chegam sobre esta questão e amanhã [2] trataremos de seus aspectos legais", declarou Andreev.

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