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Parlamentar da Alemanha culpa OTAN por 'insulto' à Rússia antes da operação especial na Ucrânia

© REUTERS / Michele TantussiCâmara baixa do Parlamento alemão, ou Bundestag, com o chanceler Olaf Scholz discutindo a operação especial da Rússia na Ucrânia, Berlim, Alemanha, 27 de fevereiro de 2022
Câmara baixa do Parlamento alemão, ou Bundestag, com o chanceler Olaf Scholz discutindo a operação especial da Rússia na Ucrânia, Berlim, Alemanha, 27 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 01.03.2022
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Uma das principais figuras do partido alemão Alternativa para a Alemanha condenou a política da Aliança Atlântica relativamente à Ucrânia nos últimos 20 anos, que diz ser a causa da crise em torno do país.
A política do Ocidente em torno da Ucrânia, que não garantiu a neutralidade do país frente às exigências de Moscou, foi "um falhanço", declarou no domingo (27) Alice Weidel, dirigente parlamentar do partido alemão Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão).
Falando ao Parlamento alemão, ela disse que seu partido gostaria que tivessem sido tomadas medidas para "colocar a Ucrânia e todos os outros países circundantes em um status neutro, e não avançando continuamente as fronteiras da expansão para leste da OTAN".

"O problema foi a Ucrânia, o problema da falta de status de neutralidade, e isso foi negligenciado", sublinhou Weidel, crendo que ao cumprir a promessa da neutralidade ucraniana teria tranquilizado a Rússia sobre suas preocupações de segurança, notando que Moscou tem articulado o problema de forma clara durante 20 anos. A parlamentar referiu que os EUA não aceitariam que existisse um poder hostil no seu quintal.

A política acrescentou que esse "insulto" à Rússia foi a razão principal da situação na Ucrânia, com os adeptos da linha dura ocidentais defendendo rigidamente a entrada da Ucrânia na OTAN, negando assim arrogantemente o status de grande potência a Moscou.
"Este é o falhanço histórico do Ocidente: o insulto à Rússia", sublinhou.
Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em Brasília. - Sputnik Brasil, 1920, 27.02.2022
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A membro do AfD acredita que foi "um erro total" oferecer à Ucrânia promessas impossíveis de cumprir, tais como as ideias de se juntar à UE e à OTAN.
"Assim, atraímos a Ucrânia para esta situação e este teste perigoso", constatou Weidel, apontando a Alemanha e a França como atores que deviam ter intervindo mais cedo. Além disso, a atual crise deu início a processos políticos "que nós poderemos já não conseguir controlar mais tarde".
"No seu atual estado, a Alemanha não tem nada a oferecer para seguir as palavras com dias. Sanções que prejudicam seus próprios cidadãos mais que os que visam não podem terminar a guerra. No final das contas são políticas de álibi, como iluminar o Portão de Brandemburgo com as cores nacionais ucranianas", resumiu a legisladora.
Os países ocidentais têm imposto uma grande variedade de sanções à Rússia depois que na madrugada de quinta-feira (24) Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciou o começo de uma operação militar especial na região de Donbass, que se iniciou após um pedido de assistência militar feito pelas recém-reconhecidas repúblicas populares de Lugansk e Donetsk. O presidente russo observou que os habitantes russófonos têm sido sujeitos a um genocídio nessa região.
Segundo Moscou, os ataques têm como objetivo desmilitarizar a Ucrânia e combater a presença de neonazistas no país, garantindo a segurança da região de Donbass e da Rússia. O Ministério da Defesa da Rússia garante que não atacou nenhuma cidade ucraniana, que está se concentrando em eliminar alvos militares e que não há nenhum perigo para a população civil.
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