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'Ucrânia se tornou um brinquedo nas mãos da OTAN', diz ex-mandatário russo

© AP Photo / Pavlo PalamarchukSoldados participam de um exercício no campo de treinamento militar de Yavoriv, perto de Lvov, Ucrânia Ocidental, sexta-feira, 24 de setembro de 2021
Soldados participam de um exercício no campo de treinamento militar de Yavoriv, perto de Lvov, Ucrânia Ocidental, sexta-feira, 24 de setembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 27.01.2022
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Em entrevista aos principais meios de comunicação russos, incluindo a Sputnik, o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou que a Ucrânia tem sido usada como instrumento geopolítico para pressionar Rússia e China.

"Infelizmente, a Ucrânia agora se tornou, até certo ponto, um brinquedo nas mãos da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e, sobretudo, nas mãos, claro, dos Estados Unidos, já que a Ucrânia é usada como instrumento de pressão geopolítica sobre a Rússia, assim como a China", disse o ex-mandatário russo, Dmitry Medvedev.

© AP Photo / Yulia ZyryanovaO vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, durante uma reunião em Moscou, em 4 de dezembro de 2020
O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, durante uma reunião em Moscou, em 4 de dezembro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 27.01.2022
O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, durante uma reunião em Moscou, em 4 de dezembro de 2020
Segundo o vice-presidente do conselho, as ações de Vladimir Zelensky como presidente da Ucrânia provavelmente vão levar o país à destruição.

"Não estou desapontado com Zelensky. Ele não me decepcionou de forma alguma. Acredito que ele está fazendo exatamente o que uma pessoa com o nível de sua formação, com o nível de sua aptidão profissional para o cargo de presidente da Ucrânia, deveria ter feito. E, infelizmente para ele, provavelmente, isso vai acabar levando à destruição da própria Ucrânia", afirmou.

Medvedev, no entanto, espera que um declínio nas tensões na Ucrânia seja possível no futuro próximo. Segundo ele, mais tarde os ucranianos vão se cansar das atuais tensões e vão ter de eleger uma liderança que deverá seguir uma política voltada para relações econômicas normais com a Rússia, alcançando um equilíbrio razoável em várias questões, incluindo o reconhecimento da Crimeia como parte da Rússia.
Quando questionado para nomear algum político ucraniano que pudesse buscar normalizar as relações com a Rússia, Medvedev se recusou a comentar, dizendo que seria incorreto e pouco promissor.
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Ele também lembrou uma de suas falas de que não faz sentido negociar com a atual liderança na Ucrânia devido à sua orientação antirrussa. Como exemplo, ele citou a lei discriminatória sobre os povos nativos da Ucrânia, bem como a falha na implementação dos acordos de Minsk sobre Donbass.
Quando perguntado se ele admite a possibilidade de um confronto direto entre a Rússia e a OTAN se a Ucrânia decidir seguir o caminho militar em relação a Donbass, Medvedev disse esperar que não aconteça.
"Seria o cenário mais dramático, simplesmente catastrófico. E eu só espero que isso nunca aconteça."
O político também observou que ninguém jamais se opôs ao envolvimento dos Estados Unidos nas negociações sobre a Ucrânia.
"Ninguém jamais se opôs ao envolvimento dos Estados Unidos. Os norte-americanos já estão no jogo, como eles dizem. Eles estão influenciando ativamente os ucranianos, estão ativamente tentando criar problemas para nós. Nesse sentido, deixem que eles participem abertamente e conduzam algum tipo de negociação, influência, usem seus canais de influência na Ucrânia", disse Medvedev, acrescentando que "o principal é que os acordos de Minsk sejam implementados".
O verdadeiro problema, para ele, é a implementação dos acordos, pois "nas palavras todos declaram adesão a esses acordos, e até os ucranianos falam nisso, mas não fazem nada".
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