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Ex-general da Noruega culpa 'excepcionalismo ocidental' pela quebra de relações com Rússia

© REUTERS / Olivier HosletCoronel-general Aleksandr Fomin, vice-ministro da Defesa da Rússia, Aleksandr Grushko, vice-ministro das Relações Exteriores russo, e Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, durante Conselho OTAN-Rússia na sede da aliança militar em Bruxelas, Bélgica, 12 de janeiro de 2022
Coronel-general Aleksandr Fomin, vice-ministro da Defesa da Rússia, Aleksandr Grushko, vice-ministro das Relações Exteriores russo, e Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, durante Conselho OTAN-Rússia na sede da aliança militar em Bruxelas, Bélgica, 12 de janeiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 12.01.2022
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Um ex-militar norueguês expressou seu desapontamento pela deterioração de relações entre a Rússia e o Ocidente e traçou um paralelo com a situação da Alemanha após a Primeira Guerra Mundial.
O tenente-general aposentado Robert Mood, antigo inspetor-general do Exército da Noruega, em um artigo de opinião publicado no domingo (9) no jornal Aftenposten instou o Ocidente a desenvolver um "novo pensamento" para evitar a escalada de tensões e a guerra.
Segundo Mood, que é presidente da Cruz Vermelha norueguesa, o Ocidente é culpado de "distorcer a realidade" exibindo a Rússia como "o grande vilão" e os países ocidentais como "defensores impecáveis da democracia".
Ele comparou a expansão da OTAN para o leste com o fim da Primeira Guerra Mundial, quando a França e Reino Unido colocaram todas as culpas na Alemanha após sua derrota, o que resultou no pagamento de reparações, limitações militares e perda de território, uma humilhação nacional que resultou na ascensão de Adolf Hitler e dos nazistas. Já após a Segunda Guerra Mundial a Alemanha foi tratada com respeito e integrada rapidamente na comunidade europeia, apesar das atrocidades cometidas, disse.
Para o ex-militar, a Rússia pode estar "sentindo a humilhação nacional como real", não se lembrando de ver nenhum filme ou série televisiva mostrando os russos positivamente e os ocidentais negativamente, sendo sempre a situação contrária. Ele caracterizou o período após a queda da URSS como marcado por "excepcionalismo ocidental e arrogância americana" em que não houve "respeito e envolvimento mútuos".
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"Será possível encarar novas instituições ou reformar fundamentalmente as existentes? Será possível encarar uma OTAN mais defensiva que é aberta a todos, incluindo à Rússia? E na qual os membros renunciem a bases e armas nucleares fora de seu território?", questionou Mood.

História das relações russo-ocidentais

A ideia de a Rússia se juntar à OTAN foi referida por algumas pessoas ao longo das últimas décadas, incluindo o ex-premiê soviético Mikhail Gorbachev e o atual presidente russo Vladimir Putin, além de especialistas. Anders Rasmussen, antigo secretário-geral da OTAN, afirmou que consideraria seriamente uma proposta da Rússia de se juntar à Aliança Atlântica assim que Moscou provar que consegue "sustentar a democracia e direitos humanos".
Em 17 de dezembro o Kremlin publicou propostas para a reformulação da segurança europeia, que incluíam a Rússia e a OTAN evitarem a colocação de armas nucleares, tropas, aviões e navios militares perto das fronteiras do outro bloco, a Aliança Atlântica parar sua expansão para o leste, cessar o aproveitamento militar do território de países que se tornaram Estados-membros após 1997 e ambos os lados deixarem mutuamente de se considerarem adversários.
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