Senador dos EUA ameaça Rússia com 'mãe de todas as sanções' em caso de invasão na Ucrânia

O presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA, Robert Menendez, disse, nesta terça-feira (7), que está preparando as sanções mais severas já impostas à Rússia, caso haja invasão na Ucrânia.

"Quero ser cristalino para aqueles que estão ouvindo esta audiência em Moscou, Kiev e outras capitais ao redor do mundo: uma invasão russa vai desencadear sanções econômicas devastadoras, como nunca vistas antes", disse Menendez, do Partido Democrata, acrescentando que, no mês passado, já sugeriu incluir o pacote de sanções na Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA, na sigla em inglês).

Segundo Menendez, com as possíveis sanções, o setor bancário russo seria aniquilado e a dívida soberana do país seria bloqueada.

"A Rússia seria removida do sistema de pagamentos Swift [Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais]. Sanções setoriais prejudicariam a economia russa. O próprio Putin e seu círculo interno perderiam acesso a contas bancárias no Ocidente. A Rússia seria efetivamente cortada e isolada do sistema econômico internacional. Gostaria de deixar claro que essas não são sanções corriqueiras. O que está sendo discutido está no limite máximo do espectro, como eu chamei: 'mãe de todas as sanções'", afirmou.

Nesta segunda-feira (6), o diretor da CIA William Burns afirmou que os Estados Unidos observaram um aumento de tropas russas perto da Ucrânia, onde, segundo ele, estariam chegando para "agir de uma forma muito abrangente".

Além disso, Burns acredita que Moscou possui "planos em andamento para desestabilizar a Ucrânia" por outros meios.

Moscou tem negado repetidamente as acusações de ações agressivas, afirmando que não realiza ameaças e não tem a intenção de atacar nenhum país.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, destacou que a Rússia está movendo tropas dentro de seu próprio território e a seu critério.

Para ele, todas as declarações sobre a alegada agressão da Rússia estão sendo usadas como justificativa para a OTAN posicionar mais equipamento militar próximo às fronteiras russas.