Escudo antimíssil: NI descreve capacidade de proteção de Moscou em caso de guerra nuclear

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Teste do novo míssil russo no polígono de Sary-Shagan, no Cazaquistão  - Sputnik Brasil, 1920, 13.05.2021
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Cidade de Moscou – a capital russa – poderia ser o melhor lugar para sobreviver a um conflito nuclear, escreve Caleb Larson, colunista do jornal The National Interest.

O artigo observa que a Rússia tem um plano de modernização de sua defesa antimíssil. Trata-se do sistema A-235 Nudol, que deverá colmatar todos os defeitos dos sistemas de defesa antimíssil da geração anterior, especialmente no combate contra mísseis hipersônicos.

O projeto do complexo A-235 Nudol foi iniciado no final da década de 70, entretanto foi suspenso. Contudo, foi reativado nos anos 2000 e deve substituir o atual sistema de defesa antimíssil A-135 Amur.

Larson recordou que, em 1972, a URSS e os EUA assinaram o Tratado ABM (Tratado sobre Mísseis Antibalísticos), segundo o qual o número destes mísseis de cada país seria reduzido para duas unidades. Um dos sistemas de antimísseis poderia ser usado para proteger um complexo de mísseis balísticos intercontinentais e o outro poderia ser usado para defender uma cidade, no caso da União Soviética era Moscou.

Além disso, ambas as partes reduziram o número de lançadores de antimísseis para 100, limitando também o desenvolvimento de tecnologias nesta área.

No início, Moscou era protegida de mísseis balísticos intercontinentais pelo sistema soviético A-35, cujos antimísseis poderiam derrubar os do inimigo fora da atmosfera, reduzindo o risco de precipitação nuclear.

Contudo, segundo as estimativas da CIA, o sistema "não protege de ameaças de mísseis multidirecionadas dos EUA" e também não está protegido contra explosões nucleares.

© Sputnik / Ministério da Defesa da RússiaLançamento do míssil renovado A-135 do sistema de defesa antiaérea, no polígono cazaque de Sary-Shagan
Escudo antimíssil: NI descreve capacidade de proteção de Moscou em caso de guerra nuclear - Sputnik Brasil, 1920, 13.05.2021
Lançamento do míssil renovado A-135 do sistema de defesa antiaérea, no polígono cazaque de Sary-Shagan

Em 1995 a defesa antimíssil da capital russa foi modernizada. Agora a aposta não é feita mais em silos de mísseis subterrâneos, mas sim em lançadores móveis de mísseis.

A revista avança que aparentemente existe um plano para modernização das capacidades da Rússia em matéria de mísseis antibalísticos. Nomeadamente, substituindo a carga nuclear por explosivos convencionais e a utilização de lançadores móveis. O novo sistema, provisoriamente denominado A-235, será desenvolvido para eliminar as deficiências dos sistemas anteriores, que não protegem adequadamente de mísseis hipersônicos.

O projeto A-235 é um dos mais secretos da Rússia, apesar das poucas informações de fontes abertas, sabe-se que os testes de lançamento e de voo do míssil se iniciaram em 2014, quando foram realizados aproximadamente 10 lançamentos.

O antimíssil será capaz de atingir alvos a uma distância de até 1.500 quilômetros. Além disso, o míssil interceptador pode chegar a uma velocidade Mach 10, ou seja, o A-235 é um sistema de mísseis hipersônicos com o objetivo principal de eliminar ogivas de mísseis balísticos intercontinentais em voo.

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