A necrópole da época romana foi descoberta durante análise do cemitério Kil-Dere 1, nas encostas de uma colina alta e escarpada no vale Inkermanky, na península da Crimeia, Rússia, segundo informou a assessoria de imprensa do Instituto de Arqueologia da Academia de Ciências da Rússia.
A descoberta foi feita durante o estudo do cemitério de subsolo de Kil-Dere 1 durante trabalhos arqueológicos prévios à construção de uma rodovia. O local foi densamente povoado na época romana.
A necrópole foi pilhada muitas vezes para obter artefatos. Os cientistas encontraram mais de 120 buracos feitos por ladrões. Dos 232 túmulos estudados pelos arqueólogos apenas 14 não foram assaltados.
Os túmulos cobrem a colina toda. A maioria dos túmulos estão na parte central do cemitério onde estão colocados uns em cima de outros.
Ao estudar quatro sepulturas na parte sul da necrópole, os arqueólogos encontraram as lápides de pedra intocadas. Perto de um dos túmulos, ao lado da lápide foi colocada uma base de pedra com uma concavidade oval para colocar oferendas de alimentos.
Durante trabalhos posteriores, nos túmulos saqueados os arqueólogos descobriram 63 lápides de diferentes tipos: estelas antropomórficas, estelas tumulares com rostos e fundações para estelas, de acordo com comunicado de imprensa.
Esta é a maior coleção de lápides alguma vez encontrada em escavações de cemitérios citas tardios da época romana na península da Crimeia. Nas mais próximas necrópoles, grandes e muito conhecidas, foram encontradas apenas 15 dessas lápides, conforme a assessoria de imprensa.
"As lápides de pedra deste tipo, provavelmente, foram colocadas sobre túmulos de pessoas nobres", comentou o chefe dos trabalhos arqueológicos Oleg Sharov.
Nos túmulos os arqueólogos encontraram uma coleção de objetos tradicionais, tais como oferendas fúnebres: louça de cerâmica envernizada vermelha, jarras de vidro e objetos metálicos. Os cientistas sugerem que os objetos feitos de metais preciosos já teriam sido roubados.
