Irã anuncia cancelamento de todas as restrições ao fornecimento e venda de armas pelo país

© AP Photo / Amir Kholousi / ISNAMíssil S-200 iraniano durante exercício militar em Bushehr, no Irã (foto de arquivo)
Míssil S-200 iraniano durante exercício militar em Bushehr, no Irã (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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O governo do Irã anunciou que, a partir de hoje (18), são automaticamente canceladas todas as restrições à compra e venda de armas pelo país, assim como as restrições aos serviços financeiros conexos.

Além disso, são anuladas todas as proibições anteriormente impostas contra cidadãos e militares iranianos relativas à entrada e ao trânsito nos países-membros da ONU, informa o Ministério do Exterior do Irã.

"A partir de hoje (18), todas as restrições à transferência de armas, atividades conexas e serviços financeiros de e para a República Islâmica do Irã e todas as proibições relativas à entrada ou ao trânsito nos territórios dos países-membros da ONU anteriormente impostas a vários cidadãos e oficiais militares iranianos são automaticamente canceladas", acrescenta o comunicado da chancelaria, escreve agência Tasnim.

Não foi necessária qualquer ação especial por parte de Teerã, uma vez que o embargo seria automaticamente suspenso caso o Conselho de Segurança da ONU não adotasse qualquer prorrogação ou medida adicional.

© AP Photo / Exército do IrãMíssil Sayyad 2 disparado pelo sistema de defesa aérea Talash durante exercícios no Irã, 5 de novembro de 2018
Irã anuncia cancelamento de todas as restrições ao fornecimento e venda de armas pelo país - Sputnik Brasil
Míssil Sayyad 2 disparado pelo sistema de defesa aérea Talash durante exercícios no Irã, 5 de novembro de 2018

Teerã disse que isso dá às autoridades liberdade para empreender uma nova política de defesa baseada unicamente em suas próprias decisões.

"Portanto, a partir de hoje, a República Islâmica do Irã pode adquirir quaisquer armas e equipamentos necessários a partir de qualquer fonte, sem quaisquer restrições legais e exclusivamente com base nas suas necessidades defensivas, podendo também exportar armamento defensivo com base nas suas próprias políticas", lê-se no documento.

Em 2015, o Irã assinou o JCPOA com China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido, EUA, Alemanha e União Europeia (UE). O documento estabelecia a redução do programa nuclear iraniano e a diminuição de suas reservas de urânio em troca da retirada das anteriores sanções, incluindo o levantamento do embargo de armas cinco anos após a adoção do acordo.

Em 2018, os Estados Unidos abandonaram sua posição conciliatória sobre o Irã, retirando-se do JCPOA e implementando políticas de linha dura contra Teerã.

No início deste ano, os EUA tentaram organizar uma campanha pelo restabelecimento das sanções internacionais contra Teerã, em particular para o prolongamento do embargo de armas, porém todas as suas propostas de resolução na ONU acabaram sendo rejeitadas.

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