Nem um pouco meigo: conheça golfinho que aterrorizava oceanos há 25 milhões de anos (FOTO)

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O mais antigo ancestral de golfinhos foi encontrado em um fóssil originalmente mal identificado nos anos 1990, e poderia ajudar a explicar a evolução das baleias modernas.

Cientistas encontraram um esqueleto fossilizado quase completo de um ancestral de golfinhos no estado norte-americano da Carolina do Sul, do Oligoceno, há uns 25 milhões de anos, segundo o portal Eureka Alert.

© Foto / Robert W. BoesseneckerFoto do extinto golfinho Ankylorhiza tiedemani
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Foto do extinto golfinho Ankylorhiza tiedemani

De 4,8 metros de comprimento, o esqueleto da Ankylorhiza tiedemani foi inicialmente encontrado nos anos 1990, sendo mal classificado na época. Predador nato, é estimado que o Ankylorhiza tiedemani tenha se extinguido há 23 milhões de anos. Hoje só a orca é uma baleia utilizadora de ecolocalização que também é predadora.

"Por causa do Oligoceno ser a época em que a alimentação por filtro e ecolocalização evoluiu pela primeira vez, e por causa de as localidades de mamíferos marinhos daquela época serem escassas em todo o mundo, os fósseis de Charleston oferecem a janela mais completa para a evolução inicial destes grupos, oferecendo uma visão evolutiva sem paralelo", afirmou o paleontólogo Robert Boessenecker.

Sua idade permitiria atirar luz sobre os dois tipos modernos de baleias. A forma do crânio e da cauda, o osso curto do braço na barbatana e a forma dos dentes sugerem que tanto as baleias-de-barbas como as baleias com dentes evoluíram muitas das mesmas características em paralelo independentemente uma da outra, em vez de herdá-las do mesmo ancestral, como se pensava anteriormente.

"O grau em que as baleias e os golfinhos chegam independentemente às mesmas adaptações gerais de natação, em vez de estas características evoluírem uma vez no ancestral comum de ambos os grupos, nos surpreendeu", segundo o paleontólogo Robert Boessenecker, do Colégio de Charleston, EUA.

A evolução ocorreu em ambientes marinhos semelhantes, mas esse desenvolvimento não é um dado adquirido. Como exemplo, diferentes linhagens de focas e leões-marinhos desenvolveram seus próprios modos de nadar e acabaram com esqueletos pós-cranianos muito diferentes.

A equipe de cientistas planeja continuar pesquisas com outros fósseis de Ankylorhiza tiedemani, que aguardam estudo.

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