Chegou a hora: Rússia deixará de utilizar míssil 'Satã'

© Foto / Ministério da Defesa da Rússia / Acessar o banco de imagensLançamento do míssil balistico intercontinental R-36М2 Voevoda
Lançamento do míssil balistico intercontinental R-36М2 Voevoda - Sputnik Brasil
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No futuro próximo, o Ministério da Defesa russa deixará de utilizar os mísseis balísticos intercontinentais Voevoda (conhecida nos países ocidentais como "Satã"), que serão substituídos por mísseis moderníssimos, Sarmat, afirmou nesta segunda-feira (12) o vice-ministro da Defesa, Yuri Borisov em entrevista à edição Krasnaya Zvezda.

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"O exército russo possui em serviço ativo um míssil pesado de combustível líquido […] capaz de transportar cargas úteis em grandes volumes. Todo mundo ouviu falar sobre este míssil estratégico chamado aqui [Rússia] de Voedova, e Satã, no Ocidente. Foi desenvolvido em meados dos anos 80, e ainda está em serviço, contudo, com o passar do tempo, as tecnologias vêm avançando e nosso sistema ficou obsoleto. Já quase atingiu o limite de seu ciclo vital, e logo passaremos a inutilizar este míssil", explicou.

O sistema de mísseis Voevoda equipado com o míssil pesado RS-20B foi colocado em serviço no fim dos anos 80. Hoje em dia, o RS-20B continua sendo o míssil balístico mais potente da Rússia e, apesar de sua idade, o "veterano" permanece mantendo sua alta eficácia.

Quando perguntado sobre as perspectivas do Sarmat, Borisov assinalou que a indústria russa está pronta para a produção da quantidade de mísseis necessárias para atender o exército russo.

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"Quanto à prontidão deste sistema [Sarmat], posso dizer que todos os problemas práticos, científicos e tecnológicos já foram resolvidos. Foram preparadas as capacidades de produção necessárias para fabricar a quantidade de mísseis que o Ministério da Defesa solicitará", assinalou.

Anteriormente, o ex-chefe do Estado-Maior das Tropas de Mísseis Estratégicos russas, Viktor Esin, estimou quantos anos os EUA precisarão para criar os sistemas de armas estratégicas iguais aos russos.

"No momento, de acordo com a Revisão de Postura Nuclear dos EUA recentemente publicada, os EUA estão começando uma ampla renovação de suas forças nucleares. Com este intuito, até o fim de 2030 os norte-americanos gastarão enormes recursos, mais de US$ 1 trilhão (R$ 3,2 trilhões). Não sei se pretendem criar sistemas de armas tão poderosos como os que o nosso país desenvolveu. Mas caso resolvam fazê-lo, precisarão, segundo estimativas disponíveis, de quatro a seis anos", afirmou Esin.

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Neste 1º de março, o líder russo proferiu o tradicional discurso anual perante a Assembleia Federal da Rússia.

No pronunciamento foram mostrados vários vídeos com os mais recentes desenvolvimentos do equipamento militar russo que nunca haviam sido antes publicados. Entre eles, o sistema de mísseis estratégico Sarmat, um míssil de cruzeiro de alcance ilimitado, um submersível não tripulado e o sistema de mísseis para aviação Kinzhal, entre outros.

Enquanto isso, Vladimir Putin frisou que a Rússia não tenciona ameaçar a ninguém, nem mesmo atacar, uma vez que os novíssimos desenvolvimentos visam "assegurar a defesa do país".

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