Tribunal argentino ordena prisão preventiva da ex-presidente Cristina Kirchner

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O juiz argentino federal, Claudio Bonadio, processou a ex-presidente do país, Cristina Kirchner, e solicitou impedimento de suas funções legislativas e prisão preventiva pela possibilidade de a ex-líder argentina estar encobrindo funcionários iranianos acusados de atentado contra AMIA em 1994, informa mídia local.

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A solicitação do juiz para impedir as funções legislativas da ex-líder do país será transferida à Comissão de Assuntos Constitucionais da Câmara Alta, que terá 180 dias para tramitar o requerimento judicial.

Em sua resolução, Bonadío alegou que a ex-presidente poderia dificultar o processo devido aos contatos que ela possui.

A ação judicial gira em torno da denúncia feita pelo procurador Alberto Nisman em janeiro de 2015, na qual ele acusou funcionários de alto escalão, inclusive Kirchner, de ter negociado o memorando de entendimento com o Irã de forma secreta. Segundo argumentos governamentais, o acordo bilateral teve como objetivo acelerar as investigações sobre o alegado envolvimento de cidadãos iranianos no atentado contra Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) na capital argentina em 1994. No resultado do ataque, 84 pessoas morreram.

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No entanto, Nisman argumentou que assim se buscava exonerar iranianos da responsabilidade no atentado. Em qualquer caso, o Irã rejeitou o acordo. Poucos dias depois de ter apresentado a denúncia, o procurador foi encontrado morto em seu apartamento e até hoje as circunstâncias de sua morte são desconhecidas. O caso dividiu a sociedade argentina e afetou os resultados eleitorais deste ano, onde o atual presidente, Mauricio Macri, venceu.

A acusação feita por Nisman foi arquivada pelo juiz Daniel Rafecas. Contudo, em dezembro do ano passado foi reaberta pela Câmara de Cassação Penal. Posteriormente, Bonadío ordenou mais interrogações, bem como proibiu 15 investigados de sair do país.

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