A que pode levar o fim do acordo nuclear com Irã?

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A ameaça de saída do Irã do acordo nuclear é totalmente real e isso poderia ser uma nova fonte de tensões no Oriente Médio, disse na terça-feira (15) o senador russo Vladimir Dzhabarov.

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"Trata-se de uma ameaça perfeitamente real. Se o Irã sair desse acordo, surgirá uma fonte de tensões no Oriente Médio", disse o primeiro vice-presidente do Comitê de Relações Exteriores do Conselho da Federação Russa, Vladimir Dzhabarov, à Sputnik.

Dzhabarov apelou a dar passos diplomáticos rápidos para evitar o fim do acordo.

Segundo o senador, a política da Casa Branca que "para agradar ao Congresso concordou em ampliar as sanções contra o Irã" contribuiu para o agravamento da situação. 

"Agora é altura de negociações sérias, é necessário pôr fim à retórica de guerra. Possivelmente os EUA devem considerar um embargo às novas sanções", acrescentou ele.

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O presidente iraniano, Hassan Rouhani, afirmou na terça-feira que seu país poderá se retirar do denominado Plano de Ação Conjunto Global, se os EUA continuarem ampliando as sanções contra Teerã.

Anteriormente, em 2 de agosto, o presidente dos EUA Donald Trump assinou um projeto de lei que impõe novas sanções contra 18 organizações e pessoas físicas relacionadas com os programas militares e de mísseis  balísticos iranianos. Teerã condenou as novas restrições, informando que tomaria medidas de resposta.

Segundo o Plano de Ação Conjunto Global, firmado em julho de 2015, o Irã se comprometeu a manter suas reservas de urânio a um nível de enriquecimento até 3,67 por cento e em um volume inferior a 300 quilos.

Em meados de janeiro de 2016, após a agência nuclear da ONU ter confirmado que o Irã tinha cumprido as exigências do acordo, os EUA levantaram alguns sanções anteriormente impostas contra Teerã, mas mantiveram em vigor outras restrições, não ligadas ao programa nuclear.

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