Ex-embaixador dos EUA quer 'punir' Sputnik e RT

Michael McFaul, ex-embaixador dos EUA na Rússia, apresentou uma proposta para reconhecer a agência de notícias Sputnik e o canal RT como agentes estrangeiros que apoiaram Donald Trump nas eleições presidenciais.

A lei sobre agentes estrangeiros, que atualmente está em vigor nos EUA, proíbe o financiamento governamental dos candidates à presidência a partir do estrangeiro, mas não limita a atividade da mídia que é protegida pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos sobre liberdade de expressão. McFaul considera a possibilidade de rever as restrições em relação à mídia estrangeira.

"Nós sabemos que a mídia controlada pelo governo russo, como, por exemplo, a Sputnik e o RT, realizaram uma campanha aberta de apoio a um só candidato, Donald Trump… Temos leis que proíbem os governos estrangeiros de prestar apoio financeiro aos candidatos. Será que temos também de criar meios para proibir apoio não financeiro?", pergunta McFaul na sua coluna no jornal Washington Post.

Contudo, McFaul não apresentou nenhuma prova de que Sputnik e RT apoiaram 'de forma aberta' Donald Trump.

Ultimamente várias edições estrangeiras falam das informações duvidosas que provêm da Sputnik e do RT. Em 23 de novembro, o Parlamento Europeu aprovou um documento que compara a atividade da Sputnik e RT à propaganda do Daesh.

Vladimir Putin, presidente da Rússia, comentando está resolução, felicitou os jornalistas da Sputnik e do RT pelo seu trabalho eficaz. Ele destacou que o documento do Parlamento Europeu mostra a degradação do conceito de democracia na sociedade ocidental. Putin sublinhou que ele conta com o triunfo do bom senso e espera que não haja restrições reais em relação à mídia russa.