Encontro com tubarão: onde frequentemente acontece e como sobreviver?

© Foto / Mike KorostelevMergulhador tirando fotos de tubarões
Mergulhador tirando fotos de tubarões - Sputnik Brasil
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Anualmente, são registrados de 100 a 150 casos de ataques de tubarões a pessoas. Turistas podem se deparar com o carnívoro marinho em vários lugares do mundo, desde os EUA até à China. Um especialista indicou onde habitam os tubarões mais perigosos e como se salvar, caso você se encontre com algum deles.

Perto da costa e no mar aberto

Praticamente em todos os oceanos, que se encontram na zona tropical, incluindo resorts populares, pode-se encontrar tubarões, afirma o especialista russo em ictiologia, Kirill Kuzischin. Porém, há lugares onde tal risco é bem maior.

  • Austrália (Grande Barreira de Coral)

Segundo Kuzischin, a área da Grande Barreira de Coral australiana tem uma rica diversidade de peixe e, consequentemente, de tubarões.

Neste verão, um tubarão-branco atacou um surfista e felizmente o atleta não sofreu ferimentos, enquanto que o tubarão deixou um presentinho — seu dente preso na prancha.

  • Costa da África Austral (De Namíbia a Moçambique, incluindo África do Sul)

É aqui que habitam os tubarões-cabeça-chata e outros carnívoros marinhos que representam ameaça para os humanos.

Uma das atrações turísticas na costa sul-africana é o mergulho em jaulas para ver tubarões-branco. Para atrair os animais, eles derramam sangue que instiga o apetite dos tubarões.

© Depositphotos.com / IzanbarTubarão golpeia gaiola de turistas durante mergulho (imagem de arquivo)
Tubarão golpeia gaiola de turistas durante mergulho (imagem de arquivo) - Sputnik Brasil
Tubarão golpeia gaiola de turistas durante mergulho (imagem de arquivo)
  • EUA (Praias da Califórnia e Havaí)

Frequentes encontros com tubarões nesta região se deve às águas ricas em fauna, assim como o grande número de turistas, surfistas e mergulhadores.

De acordo com os dados de Shark Attack Data, entre 1900 e 2015 perto da costa australiana foram registrados mais de 900 casos de ataques não provocados de tubarões a pessoas. Esse número é menor do que nos EUA, com 1657 ataques e 144 casos de morte. Já na Austrália, foram fixados 250 acidentes que resultaram na morte de pessoas. Dos 400 casos nas águas sul-africanas, 100 acabaram em morte.

"Tubarões se alimentam de atum, focas e podem confundir uma pessoa com eles. Provam um humano e vão embora, enquanto o ferido morre por perda de sangue", conta a mergulhadora Ekaterina Ryshkova.

© AFP 2023 / Don EmmertVisitantes observando um tubarão-baleia no Aquário da Geórgia, nos EUA (foto de arquivo)
Visitantes observando um tubarão-baleia no Aquário da Geórgia, nos EUA (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
Visitantes observando um tubarão-baleia no Aquário da Geórgia, nos EUA (foto de arquivo)

O cientista ecológico Oleg Savinkin confirma as palavras da mergulhadora, afirmando que um tubarão-branco, que se alimenta de pinípedes, pode confundir um humano com esses animais.

Ameaça por todo o lado

Mesmo que não viaje para Austrália ou costa dos EUA, o risco de encontrar um tubarão existe também em outros resorts populares. Assim, neste ano no Egito descobriram os restos de um turista tcheco devorado por um tubarão. Casos de ataques aos humanos foram registrados neste país africano também em 2010 e 2015.

Na Tailândia, nesta primavera fecharam uma praia por 20 dias após um norueguês ter sido atacado por um tubarão. Além disso, informaram sobre ataques por tubarões-cabeça-chata nas ilhas de Phuket e Koh Samui.

© AFP 2023 / Carl de SouzaTubarão-branco perto da costa da África do Sul
Tubarão-branco perto da costa da África do Sul - Sputnik Brasil
Tubarão-branco perto da costa da África do Sul

Tubarões também foram vistos em um resort na China, nas Maldivas, e nas ilhas Galápagos.

Como se salvar do tubarão

Segundo especialistas, a regra principal na hora de enfrentar um tubarão é sair o mais rápido possível da água, o ambiente natural do peixe.

"Se você está em águas profundas, [é preciso] subir no barco. A profundidade relativamente segura é de um metro", explica Kuzischin.

Savinkin, por sua vez, sublinha que é importante manter calma sem fazer movimentos bruscos.

"Se um tubarão circula em volta da pessoa, significa que está interessado, e se abre a mandíbula inferior — está se preparando para atacar", comentou. Se o animal atacou, então é preciso bater em seus pontos fracos: nariz e olhos.

O portal Global Shark Attack File recomenda tomar banhos em lugares onde os habitantes locais estão acostumados a nadar, nunca sozinho e exclusivamente durante o dia. É melhor evitar entrar nas águas turvas, perto da foz de rios e de cais. Mais um conselho dos especialistas — não atrapalhe o caminho do tubarão ao mar aberto.

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