Ao ser questionado se ele já esteve mais inquieto do que atualmente, Lavrov afirmou que "sim e não".
"Por um lado, a confrontação chegou ao limite. Por outro lado, no fundo há a esperança de que todos os envolvidos sejam adultos e entendam os riscos ligados à escalada de tensões", afirmou o chanceler russo.
Para Lavrov, os colegas do Ocidente tornaram comum o uso da palavra "guerra" na diplomacia internacional.
A "guerra híbrida desatada pela Rússia" é um termo agora muito popular do que é considerado pelo Ocidente como o principal evento do cenário internacional. Espero que a prudência prevaleça, ressaltou.
O chanceler também observou que a Rússia está pronta para reatar as relações com a União Europeia, contudo, o país não vai bater à porta fechada.
"Nós [a Rússia] estaremos sempre prontos para reviver nossas relações [com a União Europeia], para que renasçam praticamente das cinzas, mas para isso precisamos entender no que a União Europeia está interessada. Não bateremos a uma porta fechada", afirmou o ministro russo.
"Assim que estejam prontos, nós nos sentaremos, discutiremos e buscaremos um equilíbrio de interesses", enfatizou.
Com relação às reivindicações europeias contra Moscou, Lavrov afirmou que o país está tentando discuti-las com os europeus.
Contudo, o ministro acredita que na UE não querem considerar este esforço em sua política prática, assumindo a russofobia e destruindo todos os mecanismos que foram criados há muitos anos.
Chanceler da Rússia, Sergei Lavrov disse hoje que Rússia e a China devem deixar de usar o dólar e os sistemas de pagamento do Ocidente.https://t.co/D1EFL305ay
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) March 21, 2021
No dia 30 de março, o presidente russo, Vladimir Putin, disse à chanceler alemã Angela Merkel e ao presidente francês Emmanuel Macron que a Rússia está pronta para restaurar a interação normal com a União Europeia, se houver interesse nisso.
As relações entre Moscou e a União Europeia sofreram uma piora recentemente depois que o bloco europeu sancionou uma série de autoridades jurídicas russas por conta da situação do opositor russo Aleksei Navalny.
Mesmo antes do anúncio oficial das sanções, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que as relações com a UE estavam em um ponto baixo. O alto representante da UE para as Relações Exteriores, Josep Borrell, por sua vez, descreveu a relação bilateral como "paralisada", durante sua visita a Moscou no início de fevereiro.
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