Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, falou com o embaixador norte-americano John Sullivan sobre as publicações nas redes sociais, tendo apresentado um protesto veemente ao diplomata norte-americano devido ao apoio da embaixada às ações não autorizadas, declarou a representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
"O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, falou com o embaixador dos EUA John Sullivan e à parte norte-americana foi expresso um protesto veemente devido à publicação pela Embaixada dos EUA na Rússia nas redes sociais, bem como em recursos on-line, de postagens apoiando a ação não autorizada em diversas cidades russas", afirmou ao canal de TV Rossiya 1 Zakharova.
"O embaixador norte-americano foi informado que o lado russo considera esses materiais, bem como a declaração do Departamento de Estado dos EUA, como uma ingerência direta nos assuntos internos de nosso país", ressaltou.
Gigantes tecnológicas
As gigantes tecnológicas norte-americanas não fizeram o trabalho essencial para evitar a divulgação de materiais falsos sobre os protestos não autorizados na Rússia.
"Além de todos os materiais que foram publicados nos recursos on-line de órgãos oficiais norte-americanos por responsáveis oficiais norte-americanos, nós notamos uma grande atividade dos chamados gigantes tecnológicos, os quais, naturalmente, são norte-americanos. Trata-se de plataformas de redes sociais e de compartilhamento de vídeos, que nestes dias e nas vésperas compartilharam uma grande quantidade de informações falsas. Agora, nós estamos tratando dessas questões", citou Zakharova.
"Claro, a colocação dessa questão fará parte do escopo de nosso trabalho, tanto com os norte-americanos, como nas plataformas das organizações internacionais", completou.
Protestos na Rússia
O Ministério das Relações Exteriores russo disse no sábado (23) que os EUA deviam deixar de se intrometer nos assuntos internos da Rússia, criticando a embaixada norte-americana em Moscou por aparentemente fornecer apoio aos manifestantes locais.
A embaixada tinha dito que estava monitorando "notícias sobre ações de protesto em 38 cidades russas" em apoio ao opositor russo Aleksei Navalny, afirmando que "apoia o direito de todas as pessoas a protestos pacíficos e à liberdade de expressão" e que as medidas das autoridades russas são supostamente "destinadas a suprimir esses direitos".

Maria Zakharova, representante oficial do ministério, também comentou a publicação da Embaixada dos EUA, que indicou os percursos e horários das manifestações, e até os possíveis destinos, ao mesmo tempo que aconselhava os viajantes norte-americanos a se afastarem delas.
No domingo (17), Navalny foi preso em Moscou após regressar de avião desde a Alemanha, sendo acusado de violar condições de pena suspensa de prisão e colocado sob custódia de 30 dias. Ele e seus apoiadores convocaram protestos no sábado (23) em Moscou e várias outras cidades na Rússia.
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