EUA oferecem à Rússia renovação do Tratado START por menos de 5 anos

© AP Photo / Ronald ZakEm Viena, na Áustria, o enviado especial da Casa Branca para o controle de armas, Marshal Billingslea, fala em coletiva de imprensa ao lado do vice-chanceler da Rússia, Sergei Ryabkov, sobre controle de armas nucleares, em 23 de junho de 2020.
Em Viena, na Áustria, o enviado especial da Casa Branca para o controle de armas, Marshal Billingslea, fala em coletiva de imprensa ao lado do vice-chanceler da Rússia, Sergei Ryabkov, sobre controle de armas nucleares, em 23 de junho de 2020. - Sputnik Brasil
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Marshall Billingslea, o enviado especial da Casa Branca para o Controle de Armas, disse neste domingo (20) que Washington ofereceu a Moscou a extensão do Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START) por menos de cinco anos.

O prazo teria como motivação a necessidade de elaborar um novo documento multilateral o mais rápido possível, segundo Billingslea. Em maio, Robert O'Brien, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, havia levantado dúvidas de que os EUA abandonassem o novo Tratado START.

"Propusemos um período de tempo mais curto [do que a proposta da Rússia de estender o START por cinco anos]. Não podemos tirar o pé do pedal, como eles dizem, então precisamos começar a traçar o próximo acordo. É por isso que estamos pensando em um período de tempo menor", destacou Billingslea.
© Sputnik / TАSS/POOL / Acessar o banco de imagensO ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov (à esquerda) e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo (à direita) durante encontro nos EUA.
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov (à esquerda) e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo (à direita) durante encontro nos EUA.

O enviado da Casa Branca observou que a duração deste período dependeria da flexibilidade da posição do governo russo sobre o assunto. Billingslea também disse que Washington ajustará sua posição a depender da reação da Rússia, acrescentando ainda que "acreditamos que delineamos um plano de ação muito claro que é benéfico para ambos os países".

"Também acreditamos que ele [o plano] reflete aquelas discussões conduzidas por nossos presidentes. E agora, como deixei bem claro - e realmente pensamos assim - a bola está do lado da Rússia", ressaltou Billingslea.

Os comentários foram feitos após o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, dizer no final de agosto que os EUA haviam proposto condições irrealistas para preservar o Novo Tratado START, "incluindo a exigência de que a China definitivamente se incorpore ao documento".

Lavrov acrescentou ainda que o resultado das conversas sobre o futuro do Novo START ainda não está claro, mas que a Rússia, de qualquer forma, não atenderá aos requisitos de Washington, inclusive os relativos à participação da China no tratado.

© Sputnik / Alexei Danisev / Acessar o banco de imagensEm São Petersburgo, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, participa de reunião de representantes e vice-representantes dos BRICS, em 12 de fevereiro de 2020.
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Em São Petersburgo, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, participa de reunião de representantes e vice-representantes dos BRICS, em 12 de fevereiro de 2020.

Após as negociações de Viena no início de agosto deste ano, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse que as prioridades dos dois países são "muito diferentes" no momento. Segundo o diplomata russo, à época, os EUA não descartaram a prorrogação do Novo START, mas não quiseram registrar essa intenção. Quanto à Rússia, Ryabkov afirmou que o país não está pronto para prorrogar o tratado a qualquer custo.

O Novo START é o último acordo de controle de armas em vigor entre Moscou e Washington após o colapso do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário. Sob o acordo, que foi assinado em 2010, os EUA e a Rússia concordaram em reduzir o número de mísseis nucleares estratégicos pela metade e limitar o número de ogivas nucleares estratégicas a 1.550 cada. O tratado termina em 5 de fevereiro de 2021.

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