Nesta terça-feira (23), o o presidente Vladimir Putin iria realizou discurso em rede nacional, para debater o combate a COVID-19, a situação econômica e demais temas de interesse da sociedade russa.
Epidemia de COVID-19 na Rússia
Para Putin, a Rússia foi capaz de,através da análise da experiência de combate a pandemia de diversos países, salvar milhares de vidas.
"Agradeço a todos pelo cuidado com a própria saúde e pelo cuidado com a saúde dos demais [...] pelo fato de terem passado pelo período mais difícil da pandemia", disse o presidente.
Ele lembrou que a Rússia foi capaz de criar uma base industrial própria para produzir equipamentos de proteção individual e equipamentos médicos para combater a COVID-19.
“A Rússia está hoje na liderança entre os grandes países do mundo em quantidade de testes por mil habitantes", por isso o país consegue detectar a COVID-19 em seus primeiros estágios, salvando vidas e interrompendo a corrente de infecções, disse Putin.
Apesar das conquistas, o presidente russo concede que "o vírus continua sendo uma ameaça".
"A vacina contra o coronavírus por si mesma é muito importante, mas não uma panaceia [...] só é possível combater a infecção observando todas as medidas profiláticas", disse Putin

O presidente declarou que o "Estado fará tudo para garantir o apoio" aos agentes de saúde e declarou a prorrogação dos pagamentos de bônus aos profissionais que estão trabalhando na linha da frente.
Apesar dos avanços no combate à pandemia, o presidente acredita que as medidas de isolamento social impostas no primeiro trimestre devem ser mantidas a fim de garantir a segurança dos cidadãos.
Economia pós-pandemia
Para o presidente, a principal tarefa da Rússia após a pandemia será combater o desemprego.
"Provavelmente o problema mais sério agora, em praticamente todos os países do mundo, seja a diminuição dos postos de trabalho e o aumento do desemprego.", disse Putin.
Nesse contexto, o presidente propôs mudança no sistema arrecadação de impostos do país: desde 2001, a Rússia adotou o regime de taxa única de imposto de renda. Hoje (23), o presidente Putin propôs a modificação do regime, aumentando a taxa de imposto para aqueles que ganham mais de 5 milhões de rublos (cerca de R$ 400 mil) de 10% para 15%.

O presidente propôs alocar até 100 bilhões de rublos (cerca de R$ 7 bilhões) para programa de crédito a empresas, sob a condição de manutenção dos empregos.
"Precisamos ajudar as pessoas[...] o apoio às empresas existe no sentido de garantir a manutenção dos postos de trabalho [...] vamos priorizar o apoio a empresas que se importam com suas equipes", declarou.
Nesse contexto, o presidente declarou que, em julho, as crianças até 16 anos continuarão a receber o auxílio concedido durante a pandemia, em um total de cerca de 28 milhões de crianças.
"Nós temos recursos e capacidade para retomar a economia do país rapidamente", assegurou o presidente.
Putin lembrou que o governo foi capaz de evitar uma queda brusca da moeda nacional, o rublo, que já retomou o nível cambial pré-crise.

Além disso, a queda na taxa de juros russa deve aumentar a confiança para retomar o investimento e revigorar o crédito imobiliário.
"Lembro que o pacote de auxílio aos cidadãos e à economia, que lançamos nesta primavera, foi em uma escala sem precedentes em relação ao volume dos recursos alocados e escopo da ajuda", notou o presidente.
"Esse esforço só foi possível graças às reservas acumuladas e aos índices macroeconômicos estáveis, graças a uma política orçamentária e monetária responsável", garantiu Putin.

O presidente concluiu seu pronunciamento lembrando que o período da pandemia é "difícil para todos", mas lembrou o quanto são importantes "a solidariedade e a confiança".
"A epidemia ainda não terminou, nós ainda temos que esmagar, abafar essa infecção. Mas a vida continua, volta a entrar no caminho habitual, recuperando seu ritmo normal", afirmou.
Com 17,5 milhões de testes realizados, a Rússia registra 599.705 mil casos de COVID-19 e 8.359 vítimas fatais.
Do dia 25 de junho a 1º de julho, os eleitores russos irão votar pela aprovação ou rejeição de uma série de emendas constitucionais. Em função da pandemia de COVID-19, a votação poderá ser realizada à distância, de forma eletrônica.
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