No dia 8 de fevereiro, os inspetores da agência confirmaram que que foi produzida uma pequena quantidade de urânio metálico, 3,6 gramas, em uma instalação na província iraniana de Isfahan, segundo a agência de notícias AP.
Em janeiro, a AIEA indicou que o Irã havia informado sobre o início da instalação de equipamentos para a produção de urânio metálico, adicionando que o país mantém seus planos para realizar pesquisa e desenvolvimento desta produção, como parte de seu "objetivo declarado de projetar um tipo melhorado de combustível".
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— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) February 4, 2021
No entanto, o urânio metálico pode ser usado para a produção de armas nucleares e, por isso, sua pesquisa foi proibida pelo Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA).
Após o anúncio, a Alemanha, a França e o Reino Unido observaram que Teerã não possui "nenhum uso civil convincente" para o urânio metálico. Sua produção "tem potencialmente implicações militares graves", declararam.
Por sua vez, o porta-voz do MRE iraniano, Saeed Khatibzadeh, declarou que o "urânio metálico também tem aplicações civis".
"Uma série de países estão utilizando atualmente o combustível com base metálica para seus reatores e isso não contradiz os compromissos do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares e garantias [da AIEA para instalações e materiais nucleares]", afirmou.
Além disso, ele ressaltou que a "tecnologia é uma necessidade no Irã, que deve atender às demandas de pacientes da medicina nuclear da melhor qualidade, completamente baseada em fins humanitários e pacíficos".
Enquanto isso, o representante do Irã na AIEA, Kazem Gharibabadi, indicou em dezembro que o trabalho para o desenvolvimento do novo combustível é realizado em três etapas e que na primeira delas foi produzido urânio metálico através da utilização do urânio natural.
Ele também precisou que a AIEA foi informada há dois anos sobre o plano de Teerã, que deve "colocar tecnicamente o Irã entre os países líderes na produção de novos combustíveis".
O JCPOA foi firmado em 2015 por Teerã e o grupo 5+1 (Reino Unido, China, França, Rússia, EUA e Alemanha).
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