"Os EUA estão movendo soldados do Iraque, que estão ocupando, para a Síria, que continuam a ocupar, para saquear o petróleo sírio da população do país e enviá-lo a outro lugar, provavelmente para a entidade do Apartheid [Israel] e outros lugares, que vão beneficiar do roubo norte-americano do petróleo sírio", comentou à Press TV.
Ao ser questionado sobre o envio de tropas dos EUA do Iraque à Síria, Springmann, que foi chefe do departamento americano de vistos na Arábia Saudita de 1987 a 1989, afirmou que este tipo de ação "é típica dos EUA e deveria ser mostrada em contraste com os 25.000 soldados que estavam em torno de Joe Biden durante a cerimônia de posse, há alguns dias".
Anteriormente, uma emissora síria relatou que, no dia 21 de janeiro, 200 soldados foram levados para as bases americanas na cidade de Al-Shaddadi a bordo de helicópteros.
A cidade fica cerca de 60 quilômetros ao sul da capital provincial síria Al-Hasakah, para onde a coalizão militar liderada pelos EUA havia enviado 40 caminhões carregados de armas e equipamentos logísticos.

Informações citadas pela agência de notícias síria SANA indicam que, posteriormente, as forças norte-americanas serão estacionadas no campo de petróleo de Omar e no campo de gás de Koniko, como parte do plano de Washington de assumir o controle sobre as reservas de petróleo da Síria.
Springmann também enfatizou o que descreveu como a "abordagem equivocada da política externa" dos EUA.
"Joe Biden é alguém em quem não se pode confiar. Nem mesmo seu próprio povo pode confiar nele. Os Estados Unidos da América têm forças que ocupam a Alemanha e o Japão 75 anos após a Segunda Guerra Mundial", afirmou.
O Pentágono segue alegando que as forças e equipamentos militares dos EUA estacionados no nordeste da Síria são uma medida para proteger os campos de petróleo da região e evitar que caiam nas mãos do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países).

Em outubro de 2019, o então presidente Donald Trump afirmou que os EUA "guardarão o petróleo" no nordeste da Síria.
"Estamos guardando o petróleo [...] Queremos guardar o petróleo, US$ 45 milhões por mês [...] Devemos poder ficar com algum também, e o que pretendo fazer, talvez, é fazer um acordo com a ExxonMobil ou uma de nossas grandes empresas para ir até lá e fazê-lo corretamente", afirmou.
O embaixador da Síria na Organização das Nações Unidas (ONU), Bashar al-Jaafari, ressaltou que "as forças de ocupação dos EUA, na frente das Nações Unidas e da comunidade internacional, deram um novo passo para saquear os recursos naturais da Síria, incluindo o petróleo e gás, através da Delta Crescent Energy".
O jornal Politico informou no início de agosto de 2020 que a empresa americana Delta Crescent Energy LLC fez um acordo secreto com as autoridades curdas no nordeste da Síria para desenvolver e exportar o petróleo bruto da região.
Antes da guerra civil apoiada pelos EUA, iniciada em 2011 após protestos em todo o Oriente Médio, a Síria produzia aproximadamente 380.000 barris de petróleo por dia.
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