Polícia militar russa estará presente em algumas partes da fronteira síria e turca, diz ministério

© REUTERS / Omar SanadikiBandeiras da Rússia e da Síria em veículos militares perto da cidade de Manbij
Bandeiras da Rússia e da Síria em veículos militares perto da cidade de Manbij - Sputnik Brasil
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Nesta terça-feira (22), o presidente da Rússia, Vladimir Putin e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, assinaram um memorando de entendimento sobre a atuação dos dois países na Síria.

O ministério de Relações Exteriores da Rússia divulgou um comunicado nesta quarta-feira (23) detalhando os pontos discutidos. Segundo o documento, a polícia militar russa está presente em algumas partes da fronteira entre a Síria com a Turquia.

Já há, inclusive, segundo informações do Ministério da Defesa da Rússia, um comboio de militares russos na cidades de Kobane a Tel Abyad e de Ras al-Ain até à fronteira com o Iraque. Segundo o o vice-chanceler russo, Sergei Vershinin, não foi estabelecida data para a saída das tropas russas da região.

"Como os prazos não foram definidos, a falta de prazos significa que eles [os acordos] não têm limitações de tempo neste momento", disse.

Outro ponto destacado no documento emitido pelo ministério de Relações Exteriores russo é que as cidades de Kobane e Manbij não terão a presença de militares turcos. O comunicado também acrescentou ainda que o memorando assinado entre Putin e Erdogan renova a presença de guardas de fronteira da Síria em muitos lugares ao longo da fronteira.

O Ministério das Relações Exteriores também manifestou a discordância com a criação de uma zona de controle internacional no Nordeste da Síria, desejada pelos Estados Unidos.

Moscou destacou também que respeita a posição dos curdos e defendeu um diálogo com Damasco para resolver a situação do grupo.

“Temos um grande respeito pelos curdos, com quem temos contatos históricos profundos. E sabemos da sua contribuição para combater o Daesh [grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países] ”, afirmou o vice-chanceler russo Sergei Vershinin, que acrescentou esperar que os curdos deixem a fronteira com a Turquia voluntariamente.

Na terça-feira, o presidente Vladimir Putin disse que a Rússia compreende as razões que levaram a Turquia a realizar a ofensiva militar, mas alertou que ela não deve pode ser realizada em detrimento da integridade territorial síria ou para beneficiar terroristas.

Segundo o comunicado divulgado pelo ministério de Relações Exteriores, a Rússia está em contato com Washington para implementar os pontos decididos no memorando assinado por Putin e Erdogan.

"A preservação dos contatos com os EUA na Síria é importante em termos de conseguir um acordo de longo prazo lá", acrescentou o Ministério.

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