Arábia Saudita solicita 'proteção' a navios petroleiros após ataques

© Foto / U.S. Navy / C. WickwarePorta-aviões americano USS Harry S. Truman no Golfo de Omã
Porta-aviões americano USS Harry S. Truman no Golfo de Omã - Sputnik Brasil
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O príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman acusou o Irã de atacar os dois navios-tanques no golfo de Omã, apesar de Teerã negar veementemente as acusações. O Irã sugeriu que as explosões foram uma operação de bandeira falsa dos EUA, com objetivo de ampliar pressões sobre a República Islâmica.

O ministro de Energia, Indústria e Recursos Minerais da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, pediu que as cadeias globais de fornecimento de energia sejam protegidas após o recente ataque a navios-tanque no golfo de Omã, informou o ministério em sua página no Twitter.

"Deve haver uma resposta rápida e decisiva à ameaça contra o fornecimento de energia ... criada pelos recentes atos terroristas no golfo Pérsico", disse o ministro durante a reunião do G20 de ministros de Energia e de Meio Ambiente no Japão.
O ministro acrescentou que o reino trabalhará para garantir a estabilidade dos mercados globais de energia.

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Suas palavras foram divulgadas no mesmo dia em que o príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, acusou o Irã de estar por trás do ataque a dois petroleiros em 13 de junho. O príncipe acrescentou que, embora seu país não procure a guerra, não hesitará em lidar com ameaças ao seu "povo, soberania e interesses vitais".

Suas palavras ecoaram as acusações feitas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que insiste que um vídeo divulgado anteriormente pelo exército dos EUA prova que as forças iranianas colocaram minas no exterior dos navios. À luz destas acusações, os EUA enviaram um destróier ao golfo e o secretário de Estado Mike Pompeo prometeu que Washington "garantirá a liberdade de navegação" através do estreito de Ormuz.

No entanto, testemunhos dos membros da tripulação de um dos navios, o Kokuka Courageous, lançam uma sombra de dúvida sobre a versão dos eventos narrados pelos EUA. Eles indicaram que um objeto foi visto voando em direção ao petroleiro pouco antes da explosão. O chefe da operadora do petroleiro, Yutaka Katada, insistiu que era improvável que uma mina tivesse danificado o casco do navio.

"Eu não acho que tinha uma bomba-relógio ou um objeto preso ao lado do navio. Uma mina não danifica um navio acima do nível do mar. Não sabemos exatamente o que aconteceu, mas era algo voando em direção ao navio", ele disse.

O Irã negou o envolvimento no ataque aos petroleiros no golfo de Omã. Além disso, a missão iraniana da ONU acusou os EUA e seus aliados de organizar ataques de bandeira falsa na região para transferir a culpa para a República Islâmica.

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