Rússia poderá fechar espaço aéreo sírio após fornecer S-300, diz chancelaria

© REUTERS / Khalil AshawiAvião militar que, segundo dizem, pertence às forças russas voa sobre o campo de Idlib, Síria, 2 de outubro de 2015
Avião militar que, segundo dizem, pertence às forças russas voa sobre o campo de Idlib, Síria, 2 de outubro de 2015 - Sputnik Brasil
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O Ministério das Relações Exteriores da Rússia comentou o anúncio de ontem (24) da Defesa russa sobre a entrega de sistemas de defesa aérea à Síria, o que deverá ocorrer dentro de duas semanas.

Segundo a chancelaria, ao entregar os sistemas, a Rússia poderá fechar o espaço aéreo sírio "onde for preciso".

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O chefe do departamento para a não proliferação e controle de armamentos da chancelaria, Vladimir Ermakov, sublinhou que o fornecimento dos S-300 à Síria contribuirá para a estabilização na região e garantirá a segurança dos militares russos deslocados no país árabe.

O comentário vem após o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, ter dito que os planos de Moscou quanto aos S-300 causarão uma escalada significativa na Síria.

"Na verdade, tais ações contribuirão para a estabilização na região, pois se houver necessidade poderemos fechar o espaço aéreo [sírio] onde for preciso e, em primeiro lugar, nossos militares ficarão protegidos", afirmou Ermakov.

A chancelaria também refutou as críticas do Departamento de Estado norte-americano, que disse que a iniciativa de Moscou aumentará o risco para a segurança nacional dos EUA.

"Os sistemas têm um caráter completamente defensivo, por isso os EUA estão exagerando quando dizem que as armas de defesa prejudicam sua segurança nacional", disse o diplomata. Ele também acrescentou que a entrega de S-300 à Síria não é dirigida contra Israel, que é "parceiro da Rússia".

Ermakov sublinhou que as remessas de armas convencionais ocorrem constantemente, sendo os EUA os líderes na venda de armamentos. Além disso, quanto ao o fornecimento de sistemas S-300, segundo a chancelaria, "é um direito inalienável de um Estado realizar assistência técnico-militar a seus parceiros".

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, anunciou em 24 de setembro medidas para melhorar a segurança dos militares russos na Síria em resposta à derrubada do avião IL-20, pela qual a Rússia responsabiliza Israel.

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