Trabalhador morre nas obras da Copa no Qatar

© AP Photo / Maya AlleruzzoObras da construção do estádio Al-Wakra, no Qatar, para a Copa do Mundo.
Obras da construção do estádio Al-Wakra, no Qatar, para a Copa do Mundo. - Sputnik Brasil
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Um trabalhador nepalês morreu trabalhando em um estádio da Copa do Mundo no Qatar, afirmou uma dos principais empreiteiras das obras nesta quarta-feira (29).

O homem de 23 anos morreu no dia 14 de agosto no estádio Al Wakrah, de US$ 680 milhões, um dos locais propostos para o controverso torneio de 2022.

"Podemos confirmar que este trabalhador perdeu a vida. Ele estava realizando trabalhos relacionados à plataforma de acesso para um dos subcontratados no local", disse uma porta-voz da gigante de construção belga Besix, uma das principais empreiteiras de Al Wakrah.

Perguntada se isso significava que ele havia morrido por conta de uma queda, a porta-voz respondeu que sim.

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Isto foi confirmado de forma independente por outras três fontes.

A Besix, que opera no Golfo através de sua subsidiária, Six Construct, trabalha como parte de uma joint-venture em Al Wakrah com a empresa local Midmac e a empresa austríaca Porr.

O organismo organizador da Copa do Mundo do Qatar, o Supremo Comitê de Entrega e Legado, está realizando uma investigação sobre a morte. 

Um porta-voz do comitê disse à AFP que o corpo do trabalhador havia sido repatriado e que um "pagamento de fim de serviço havia sido feito de maneira oportuna e respeitosa" para a família do trabalhador.

Acredita-se que o trabalhador que morreu enviava dinheiro para sua esposa e uma criança de quatro anos de idade no Nepal.

Seu cunhado também trabalha no Catar.

A equipe de investigação que examina as circunstâncias em torno da tragédia também inclui — pela primeira vez — um membro do sindicato internacional, o Building and Wood Workers' International (BWI).

A Copa do Mundo do Qatar é alvo de denúncias de maus tratos aos trabalhadores. Um sindicato afirma que 1.200 pessoas foram mortas trabalhando em projetos para o torneio de 2022, uma reivindicação veemente negada pelas autoridades em Doha.

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