A renda do Daesh, que já dominou vastas partes do Iraque e da Síria, caiu para US$ 3 milhões por mês, afirmou Dmitry Feoktistov, vice-diretor do Departamento de Novos Desafios e Ameaças da Rússia à Sputnik.
Feoktistov enfatizou que tal queda seguiu o corte dos canais de financiamento do grupo, principalmente graças aos esforços da Força Aérea Russa, bloqueando o comércio de hidrocarbonetos pelos terroristas.
Enquanto isso, as receitas da Al-Qaeda atualmente excedem as do Daesh. O rendimento total da facção notória de suas células em todo o mundo "é estimado em US$ 20-40 milhões", segundo Feoktistov.
No entanto, Washington parece ter se esquecido dos perigos que vêm da Al-Qaeda e do Daesh, afirmou o funcionário, acrescentando que os EUA "estão interessados apenas no [grupo xiita libanês] Hezbollah e no Irã".
"Os americanos pararam recentemente de chamar o Daesh de a principal ameaça. Eles não negam que o Daesh é uma ameaça quando perguntados, mas tentam colocar essa questão em segundo plano", afirmou.
O diplomata observou que os EUA ainda mantêm contatos com a Rússia nos esforços para cortar as linhas de financiamento dos grupos terroristas.
"Combater o financiamento do terrorismo é surpreendentemente uma área em que o nosso diálogo nunca foi interrompido", garantiu Feoktistov.
Tanto a Al-Qaeda quanto o Daesh estão envolvidos em uma rivalidade feroz há algum tempo, com o último tendo sido antes um afiliado à Al-Qaeda. Em fevereiro de 2014, a Al-Qaeda anunciou publicamente que havia cortado os laços com os extremistas do Daesh devido a um desacordo sobre as táticas.
Em 2015, os líderes espirituais da Al-Qaeda reclamaram que a estrutura do grupo "entrou em colapso" devido à ascensão do Daesh no Oriente Médio. A organização sunita islamita, fundada por Osama bin Laden, ficou particularmente indignada com a forma como os extremistas do Daesh recrutam pessoas e as usam contra a Al-Qaeda.
Em abril deste ano, o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) alertou que as duas facções podem se fundir em uma nova rede. Este novo grupo teria células em todo o mundo e seria capaz de produzir armas químicas, acrescentou o FSB.
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)