Especialista: eliminação do líder do Daesh não é o fim do 'câncer' do terrorismo

© REUTERS / Thaier Al-Sudani Lançamento de mísseis contra posições de terroristas em Mossul
Lançamento de mísseis contra posições de terroristas em Mossul - Sputnik Brasil
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Em meados de junho, o Ministério da Defesa da Federação da Rússia informou que o líder do grupo terrorista Daesh, Abu Bakr al-Baghdadi, teria sido eliminado como resultado de uma operação aérea da Força Aeroespacial russa na cidade síria de Raqqa.

Militares iraquianos durante combates em Mossul - Sputnik Brasil
Mossul foi completamente limpa do Daesh
Segundo o especialista militar Hassan Shemshadi, a morte de Abu Bakr al-Baghdadi e a libertação de Mossul não puseram fim ao Daesh.

De acordo com o analista, Abu Bakr al-Baghdadi não era só o líder do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia), ele era, principalmente, "uma marionete nas mãos de seus patrões". "É evidente com as inteligências de que países ele mantinha contatos e de quem recebeu a missão de criar o pseudo-califado Daesh atraindo terroristas de todo o mundo", disse Hassan Shemshadi à Sputnik Persa.

A sociedade tem de entender que, mesmo depois da morte do seu líder, o Daesh não deixa de existir, sublinhou o especialista. "O Daesh não é uma pessoa, é um verdadeiro sistema, semelhante ao câncer, que se tem espalhado constantemente", sublinhou Hassan Shemshadi.

Segundo ele, "por trás desse sistema está um único patrão e até que este patrão, ou seja, determinados países, não abdiquem da sua 'criatura terrorista', enquanto lhe dá todo o apoio possível, o mal do terrorismo vai crescer, mudando apenas de forma e aparência".

Bandeira do Daesh - Sputnik Brasil
Que tática escolherá o Daesh depois da derrota?
Todas as tentativas da coalizão internacional encabeçada pelos EUA de lutar contra os terroristas "foram como um espetáculo", "uma farsa".  Os EUA nem participaram da libertação de Mossul, que durou 10 meses. Foram o exército do Iraque e seus aliados na região que libertaram a cidade dos terroristas do Daesh, ele disse.

"Há quatro meses que não há quaisquer declarações de Abu Bakr al-Baghdadi, não há nenhuma informação dos seus cúmplices. Tudo isso fortalece a confiança na sua morte. Mas sua morte não é o fim. Sim, isso pode se tornar o início do fim do terrorismo na Síria e Iraque e em toda região. Entretanto, enquanto os patrocinadores evidentes e ocultos do Daesh apoiem os terroristas, o câncer no Oriente Médio vai continuar se espalhando e suas células cancerosas vão atingir outras partes do mundo", acrescentou Hassan Shemshadi.

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