Durante cerca de 100 dias, mais de 800 mil tutsis étnicos e hutus moderados foram mortos por extremistas da etnia hutu. Muitas das vítimas morreram nas mãos de padres, clérigos e freiras, segundo relatos de sobreviventes, e o governo ruandês afirma que muitos morreram dentro das igrejas onde haviam procurado refúgio.
President #Kagame with His Holiness Pope Francis at the Apostolic Palace #Vatican to discuss bilateral relations btwn #Rwanda & Holysee pic.twitter.com/smTlgTPR62
— Presidency | Rwanda (@UrugwiroVillage) 20 de março de 2017
O Papa Francisco "implorou um novo perdão de Deus pelos pecados e falhas da igreja e de seus membros" e "expressou o desejo de que este humilde reconhecimento das falhas desse período, que infelizmente desfiguraram a face da igreja, possa contribuir para uma ‘purificação da memória’ e possa promover, com esperança e renovada confiança, um futuro de paz", segundo relatou o Vaticano.
O governo ruandês há muito tempo pressionava a igreja a pedir desculpas pela sua cumplicidade no genocídio, mas tanto o Vaticano quanto a igreja local vinham relutando em fazê-lo, alegando que os padres e freiras que cometeram crimes durante o período haviam agido individualmente.
Em meio à contínua pressão do governo, os bispos católicos de Ruanda pediram desculpas no ano passado "por todos os erros cometidos pela igreja", mas o ministério do governo local rejeitou as desculpas, classificando-as como inadequadas.A chanceler Louise Mushikiwabo disse que "a reunião de hoje foi caracterizada por um espírito de abertura e respeito mútuo", e que permitirá “construir uma base mais forte para restaurar a harmonia entre os ruandeses e a Igreja Católica".
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