Ancara entre Arbil e Bagdá: especialista explica forma correta de combater Daesh

© Sputnik / Hikmet DurgunSoldados peshmerga preparam-se para a operação de liberação de Mossul, Iraque, outubro de 2016
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Sputnik falou com especialista turco sobre a solução controversa encontrada por Ancara no Iraque e sua relação com curdos e iraquianos.

Haldun Solmazturk é general de brigada reformado das tropas terrestres da Turquia. Ele chefiou por muito tempo o departamento de questões de segurança internacional do Estado-Maior turco e foi vice-presidente da Confederação Interaliada de Oficiais na Reserva da OTAN (CIOR na sigla em inglês).

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Falando com a Sputnik Turquia, o especialista turco apoiou a opinião já expressa por vários especialistas de que na etapa atual da luta contra os terroristas Ancara se está comportando de forma errada e deve coordenar suas ações e planos não com Arbil (capital do Curdistão iraquiano), mas com Bagdá oficial, quer dizer, com as autoridades do Iraque.

Segundo o que todo o mundo sabe, e o especialista o fez lembrar, atualmente as forças principais para realização da operação contra o grupo Daesh (proibido na Rússia) estão estacionadas ou estão sendo transferidas para duas localizações – para perto da cidade de Mossul no Iraque e para perto de Raqqa na Síria.

"É óbvio que na operação de Mossul as forças curdas de Peshmerga desempenham um papel importante. Mas Bagdá está justamente preocupada com o aumento de influência da formação autônoma curda no norte do Iraque. E Ancara compreende muito bem o porquê."

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Mesmo assim, esta não coordena suas ações no Iraque com o governo legítimo local, admitiu o ex-funcionário, sublinhando:

"Tal comportamento de Ancara é inaceitável do ponto de vista do direito internacional e para mim pessoalmente é difícil compreender as ações dela no Iraque. É pouco claro, porque Ancara aposta, para realização da operação em Mossul, nos curdos do norte iraquiano, quando seria mais correto coordenar as suas ações com Bagdá."

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