Para José Rivaldo da Silva, secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT), a greve, deflagrada em meio à pandemia da COVID-19, tem como objetivo defender o direito à vida.
"A nossa greve é pela vida, vida essa que está sendo ceifada pela COVID-19 e pelo general Floriano Peixoto [diretor-presidente dos Correios], porque até hoje os Correios cumprem precariamente com a questão dos EPIs [Equipamentos de Proteção Individual]", aponta o secretário-geral da FENTECT em entrevista à Sputnik Brasil.O funcionário dos Correios aponta ainda que a greve tenta denunciar os casos de COVID-19 que têm acometido os trabalhadores que, segundo José Rivaldo, vêm sendo tratados como "apenas números pela empresa". Além disso, a greve também tenta barrar a redução dos salários em meio à pandemia.
"A empresa, em plena pandemia, quer reduzir a nossa remuneração salarial em mais de 40%, então nós não podemos aceitar isso em hipótese alguma", afirma, garantindo que a greve no país inteiro "é forte" e que seguirá defendendo "direitos fundamentais".

José Rivaldo ressalta ainda que houve um aumento na demanda pelos Correios em meio à pandemia devido ao crescimento do comércio virtual no período, e que por isso a empresa estaria lucrando mais, ao mesmo tempo em que tenta cortar salários.
"Existe uma projeção de lucro de mais de R$ 800 milhões nos Correios ao final do ano, e a gente não pode deixar que em meio a tudo isso, em meio a todo esse processo produtivo feito por nós, os Correios venham e retirem direitos que são fundamentais para a classe trabalhadora", conclui.
A Sputnik Brasil pediu também aos Correios uma manifestação sobre a greve e as reivindicações dos funcionários, mas não recebeu resposta até o fechamento desta matéria.
As opiniões expressas nesta matéria podem não necessariamente coincidir com as da redação da Sputnik
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