O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta sexta-feira o índice inflacionário, o primeiro divulgado no governo Bolsonaro. Pelo segundo ano consecutivo a inflação brasileira fechou abaixo do centro da meta estabelecida, em em 3,75%.
A meta oficial de inflação (IPCA) do governo é de 4,5%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.Após anos de crescimento da inflação, a realidade inflacionária entregue por Temer deixa Bolsonaro tranquilo para iniciar seu governo? Sputnik Brasil conversou sobre o tema com economista Antônio Carlos Porto Gonçalves, professor da faculdade de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/RJ), que elogiou os indicadores.
"Temer, com todos os percalços, conseguiu manter a inflação dentro da meta e conseguiu portanto um resultado muito bom", destacou.
Segundo ele, não é necessário reduzir a inflação ainda mais.
"Eu diria que o Brasil agora tem o problema de recuperar o seu crescimento", acrescentou o especialista.
Ele destacou que ainda que o novo governo tem muito trabalho pela frente, que precisa combater o desemprego e promover a recuperação da economia de produção. No entanto, o economista apontou a possibilidade de uma redução da taxa de juros, justamente pela ausência da inflação.
"Seria muito interessante se ele [Bolsonaro] puder reduzir um pouco os juros. Inclusive isso facilita as contas públicas e também as despesas do governo com juros", pontuou o professor da FGV.
"Tem aí um problema mundial. A Europa está bastante 'ruinzinha', o Japão e a China também trazem más notícias. Então eu diria que vemos o pico da economia americana, que deve crescer menos agora. E o Brasil, como pertence ao mundo, isso terá um impacto negativo em nós", alertou o economista.
De todo modo, Antônio Carlos Porto Gonçalves se mostrou disposto a depositar a confiança no novo 'superministro' da Economia, Paulo Guedes. A principal tarefa dele, apontou, será política.
"Ele é uma pessoa muito preparada, muito trabalhador, e acho que tem tudo para dar certo. A dificuldade que ele tem, assim como todos, é o Congresso e os políticos", concluiu.
As opiniões expressas nesta matéria podem não necessariamente coincidir com as da redação da Sputnik
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