Em entrevista exclusiva para Sputnik Brasil, o Professor de Relações Internacionais da PUC-RJ e do BRICS Policy Center, Paulo Wrobel, acredita que será uma tarefa de médio ou longo prazo. E não será fácil, porque todos os países do grupo (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), com possível exceção da Índia, estão passando por períodos econômicos difíceis. “Até mesmo a China, que até recentemente se destacava por sua vitalidade econômica, vem passando por um período de diminuição muito forte do crescimento econômico e da criação de empregos”.
O especialista ressaltou que a criação de empregos é o maior problema do mundo atual. “É uma questão que já vem de longa data, desde que a economia moderna se desenvolveu. A criação de empregos, e principalmente de bons empregos, é fundamental para o dinamismo econômico de qualquer país, e para o dinamismo econômico do mundo. A recessão que nós víamos a partir de 2008, e que de uma certa maneira ainda se manifestaria hoje, foi responsável pela destruição de mais de 100 milhões de empregos no mundo. É muito difícil que esses empregos sejam recriados”.
Wrobel destacou ainda que uma das questões chave para a criação de empregos em qualquer país hoje em dia é conseguir atender as demandas diferenciadas de grupos como jovens, mulheres, minorias nacionais e grupos étnicos. “No caso dos jovens, é muito comum, principalmente em países de economia madura (vimos isso na Europa recentemente, na Espanha), que o desemprego entre os jovens seja quase o dobro do desemprego entre a idade média da sociedade. A Espanha chegou a ter taxas de desemprego de 40% entre os jovens, pela dificuldade da economia crescer de uma maneira a absorver todos esses novos entrantes no mercado de trabalho. Esses empregos só podem ocorrer em uma economia que cresce, numa economia dinâmica, numa economia que investe tanto no público, quanto no privado”.As opiniões expressas nesta matéria podem não necessariamente coincidir com as da redação da Sputnik
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)