Além de Palocci, foram indiciados Juscelino Dourado e Branislav Kontic, que trabalharam com o ex-ministro; os publicitários João Santana e Mônica Moura; e o empresário Marcelo Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht.
Preso em setembro deste ano, Antônio Palocci foi ministro-chefe da Casa Civil da ex-Presidente Dilma Rousseff e ministro da Fazenda do ex-Presidente Lula. Após ser preso em São Paulo, Palocci foi conduzido a Curitiba e desde então permanece na carceragem da Superintendência da Polícia Federal da capital do Paraná.
De acordo com agentes da Polícia Federal, o grupo empresarial Odebrecht repassou R$ 128 milhões em troca de vantagens junto ao Governo Federal, como interferência em licitações da Petrobras e medidas que lhe proporcionaram benefícios fiscais. As mesmas fontes revelaram que parte desse valor foi repassada ao PT, que o recebeu na forma de doações eleitorais.
Afirma a Polícia Federal nos autos do indiciamento do ex-ministro: "Antônio Palocci Filho, a partir do que foi possível apurar em esfera policial, foi o verdadeiro gestor de pagamentos de propina realizados pela Odebrecht e materializados nas planilhas. Muito embora tenha deixado de exercer função pública a partir da metade de 2011, continuou, em virtude dos cargos que exerceu e da posição de relevo dentro do Partido dos Trabalhadores, a gerir e a receber recurso de propina da Odebrecht, assim como a interferir em seu benefício."