De acordo com a revista alemã Telepolis, os EUA não conseguiram retirar completamente o petróleo iraniano do mercado internacional, pois mesmo os aliados de Washington continuam comprando o óleo natural do Irã.
Além disso, por causa das sanções, os preços do petróleo aumentaram e a quantidade de hidrocarbonetos iranianos no mercado diminuiu, beneficiando, assim, a Rússia, que planeja continuar comerciando com o Irã com ou sem sanções.
Imediatamente depois de os EUA anunciarem a saída do acordo nuclear iraniano e as novas sanções contra Teerã, os preços do petróleo e gás começaram a crescer, destaca a revista.
Entretanto, os EUA não conseguiram cumprir promessa de acabar com a exportação de petróleo do Irã. Segundo indica a Telepolis, o problema é que Washington não levou em conta a importância de hidrocarbonetos iranianos para muitos países, inclusive para seus próprios aliados. Para evitar o beco sem saída, os Estados Unidos "excluíram" do embargo países tais como Coreia do Sul, Japão, Turquia e China. Além do mais, Pequim e Ancara declararam que vão ignorar o regime americano de sanções.Ao mesmo tempo, a revista apontou mais uma possível consequência das sanções econômicas norte-americanas: a Rússia pode se beneficiar delas. Por um lado, graças às restrições ao petróleo iraniano, Moscou poderá aumentar presença no mercado internacional, especialmente no europeu, chinês e sul-coreano. Por outro lado, poderá comprar óleo bruto iraniano e, assim, apoiar o parceiro do Oriente Médio enquanto continua exportando uma quantidade maior de petróleo.
Segundo dados da edição, a Rússia planeja comprar 100 mil barris de óleo iraniano por dia em troca de automóveis e produtos alimentícios russos. Consequentemente, se o petróleo no mercado mundial recomeçar a mais caro, Moscou e Teerã serão as que ganharão.
Este 5 de novembro, entraram em vigor as sanções reintroduzidas pelos EUA contra Teerã que existiram antes da assinatura do Plano de Ação Conjunto Global, conhecido também como acordo nuclear iraniano. Donald Trump criticou o Plano em várias ocasiões e, em maio, anunciou a saída unilateral dos Estados Unidos do acordo, acusando o Irã de enriquecer urânio e desenvolver armas proibidas e declarando a reintrodução de sanções contra o irã.
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