Mídia: Rússia e China matam Nova Ordem Mundial dos EUA

© Sputnik / Mikhail VoskresenskiyInauguração dos exercícios táticos conjuntos das forças especiais da Guarda Nacional russa e da Polícia Armada Popular chinesa “Cooperação-2016”
Inauguração dos exercícios táticos conjuntos das forças especiais da Guarda Nacional russa e da Polícia Armada Popular chinesa “Cooperação-2016” - Sputnik Brasil
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O artigo "Nova Ordem Mundial dos EUA está oficialmente morta" foi publicado pela Bloomberg, informa o RT.

A política externa dos EUA chegou a um ponto crítico mas isso não está ligado à presidência de Trump, afirma o autor de um artigo publicado pela Bloomberg. É mais provável que isso seja provocado pelo fato de a China e a Rússia minarem o desejo dos EUA de integração global.

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Aproximadamente durante um quarto do século após o fim da Guerra Fria, um dos temas principais da política externa norte-americana era a aspiração de criar uma ordem liberal em todo o mundo. 

Washington queria alcançar esse objetivo através da integração dos adversários potenciais, a Rússia e a China, no sistema, para que perdessem a vontade de miná-lo. Assim, todas as potências mundiais, segundo eles, deviam se integrar no sistema, no qual os EUA teriam a liderança, refere o RT, citando o autor da Bloomberg Hal Brads.

Esta ideia ambiciosa se baseava na suposição de que Moscou e Pequim iriam começar seguir o caminho inevitável da liberalização econômica e política, mas agora, de acordo com Brads, é claro que elas estragaram os planos de Washington. Agora os EUA têm que defender a ordem mundial existente da Rússia e da China. 

É difícil aceitar esta conclusão porque é contrária ao excessivo otimismo que havia no mundo após a Guerra Fria. Naquela época muitos consideravam que o mundo se dirigia para o modelo único de organização política e econômica sob controle dos EUA. Este se tornou o ponto principal da política norte-americana. A política dos EUA se baseava em duas suposições sobre a Rússia e a China que se verificou estarem erradas. 

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Primeira hipótese: a China e a Rússia iriam seguir o caminho do liberalismo econômico e político ocidental. Mas, com a chegada do presidente Vladimir Putin, foi recuperado o modelo de autoritarismo, enquanto o crescimento econômico em Pequim também não conduziu à liberalização política. 

Segunda hipótese: a Rússia e a China podiam determinar os seus interesses da maneira que os EUA quisessem. O problema, de acordo com o autor, é que nem Rússia, nem China nunca quiseram aceitar completamente a ordem liberal dos EUA, que se tornaria uma ameaça para os regimes nos seus países. Além disso, a expansão da OTAN para leste, a intrusão da aliança na antiga zona de influência de Moscou, teve influência na atitude da Rússia. 

Por isso, de acordo com Brands, não é surpreendente que Moscou e Pequim se tivessem começado a contrapor a essa ordem.

Na última década, a Rússia começou a alterar a ordem que se formou na Europa após a Guerra Fria. O governo de Putin está trabalhando para minar os "institutos-chave da ordem liberal da OTAN e UE". A China, por seu lado, está "colhendo os frutos da sua integração na economia mundial", paralelamente ameaçando os seus vizinhos, do Vietnã ao Japão, e enfraquecendo as alianças norte-americanas no Pacífico. 

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Os responsáveis norte-americanos esperavam que Moscou e Pequim finalmente se satisfizessem com o status quo, mas, de acordo com Thomas Right, do Instituto Brookings, ambos os países se comportam de maneira revisionista clássica. Assim, o tempo da integração já acabou, porque ninguém consegue ver uma variante realista de integração da Rússia e da China no sistema norte-americano. 

"Isso significa que os EUA têm que ser mais duros e também menos ambiciosos na sua altitude para com as relações entre as potências e para com o sistema internacional", sublinha Brads no seu artigo. 

Ele acrescenta que os EUA devem abandonar a ideia de que a ordem liberal vai se tornar mundial no futuro próximo e perceber que terão que fazer muito para defender a ordem já existente. 

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