EUA tentam desmascarar ingerência em águas russas pela cooperação com países terceiros?

© REUTERS / Yuri MaltsevExibição de lançamentos de munições antimíssil e navios de guerra russos durante um ensaio para o desfile do Dia da Marinha no porto de Vladivostok, Rússia
Exibição de lançamentos de munições antimíssil e navios de guerra russos durante um ensaio para o desfile do Dia da Marinha no porto de Vladivostok, Rússia - Sputnik Brasil
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Os Estados Unidos procuram sociedades suscetíveis para conceder uma assistência técnica a seus navios militares ao entrarem nos portos russos do oceano Pacífico. Será que se trata de uma cooperação ou de uma tentativa de controlar os portos marítimos russos?

Julgando pelos dados publicados no site de encomendas públicas americanas, Washington está à procura de sociedades para assumir o serviço logístico de seus navios militares em portos estrangeiros.

Deste modo, as empresas controladas pelos EUA, deverão "fornecer aos navios produtos de qualidade e serviços por ocasião da sua entrada nos portos estrangeiros no prazo estabelecido".

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Da mesma forma, elas serão as responsáveis pelo "balanço das despesas e da eficácia de todas as operações". Os portos em consideração são aqueles onde opera a 7ª Frota dos EUA, na parte oeste do oceano Pacífico, inclusive nas águas da Rússia, Japão, Coreia do Sul e Taiwan.

Entretanto, foi indicado que esta proposta não se trata de "empresas autorizadas para conduzir as atividades comerciais" nos respectivos países.

Embora a legislação russa aprove a entrada de navios militares estrangeiros em seus portos após recebimento de autorização oficial, o presidente da União de Cientistas Geopolíticos, Konstantin Sivkov, citado pelo portal RT, opina que este passo significaria uma tentativa de controlar os portos marítimos russos por parte dos EUA.

O especialista em assuntos militares e diretor comercial da revista de análise russa Arsenal Otechestva, Aleksei Leonkov, sublinha também a necessidade de adquirir uma autorização oficial.

"Sim, é possível, por exemplo, se a Rússia acordar em instalar no seu território um centro logístico. Mas sem a confirmação oficial de Moscou, tal iniciativa seria considerada uma ingerência violenta na soberania do país e poderia acarretar toda uma espécie de consequências graves", realçou Leonkov ao RT.

Ademais, o novo pacote de sanções americanas contra a Coreia do Norte, votado no mês de maio na Câmara dos Representantes dos EUA, previa a possibilidade de estabelecer um controle da observação do regime de restrições nos portos russos de Nakhodka, de Vanino e de Vladivostok.

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Tal iniciativa foi ferozmente criticada pelo senador russo Konstantin Kosachev. De acordo com ele, "nenhum país do mundo, nem organização internacional, e ainda mais a ONU, deu aos EUA autorização para controlar a realização de qualquer resolução do Conselho de Segurança da ONU".

Além disso, o senador russo também qualifica que a "manobra" dos legisladores americanos, com efeito, não representa nada de novo e que suas recentes tentativas visam "estabelecer a superioridade de sua legislação sobre as normas internacionais", o que representa uma violação do direito internacional.

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