"Acho que é importante perceber que os esforços diplomáticos dos últimos 20 anos para trazer a Coreia do Norte à mesa de negociações fracassaram", comunicou o secretário de Estado Rex Tillerson durante a sua visita ao Japão.
"É claro que é necessário buscar outra abordagem", comunicou o diplomata norte-americano.
Nas condições atuais entre Coreia do Norte e EUA, outra abordagem pode significar a preparação de uma operação militar. Segundo o The Washington Post, a Casa Branca elaborou a expressão especial "kinetic options", que significa a possibilidade de utilização da força contra a Coreia do Norte.
Aqui surge a questão sobre o cenário de uma possível guerra entre os dois países. Parece que os EUA têm um plano para isso, que pode conter a utilização de vários elementos letais e definitivos.
The truth is out there. USA considers first strike against North Korea https://t.co/sjY9CNMqhp
— rebirth of rennisanc (@rebirthofrennis) 7 de março de 2017
O primeiro elemento é um ataque com armas hipersônicas de alta precisão contra objetivos de maior importância. Por isso, a expressão kinetic options pode significar, por exemplo, bombas aéreas como a BLU-113, que foi utilizada no Iraque, ou o míssil hipersônico X-51A Waverider. Aqui é mais provável que se preveja a utilização de um míssil hipersônico, bem como a realização do programa Prompt Global Strike, que prevê a realização de um ataque contra qualquer ponto em 60 minutos após a decisão correspondente.
O segundo elemento é um ataque aéreo em massa com uso dos caças mais recentes F-22 (pelo menos 4 caças foram deslocados para a Coreia do Sul) e F-35 (baseados no Japão). Se prevê que a defesa antiaérea norte-coreana não possa conter o ataque dos caças e eles eliminem o sistema de comando e os objetivos mais importantes que já foram atacados com armas hipersônicas.
O terceiro elemento é o desembarque de um contingente de forças terrestres que deverão capturar ou eliminar as autoridades políticas e militares. Depois disso a guerra deverá acabar.
O ponto potencialmente novo desta estratégia é só a utilização de mísseis hipersônicos, no resto a operação contra a Coreia do Norte repete o cenário da campanha militar no Iraque de 2003 que se baseia na supremacia técnica e conta com a desmoralização do exército norte-coreano.
Breaking News: Tillerson said a freeze of North Korea's nuclear program wasn't enough, warning of pre-emptive action https://t.co/Vbrh0gKPvp
— The New York Times (@nytimes) 17 de março de 2017
Mas vale a pena perceber que a Coreia do Norte não é o Iraque, e é claro que o nível de resistência à invasão norte-americana será mais alto. Porque na verdade a Coreia do Norte tem capacidade para responder.
Primeiro, a Coreia do Norte tem um sistema desenvolvido de abrigos antiaéreos subterrâneos, construídos durante o período após a Guerra da Coreia, e não é fácil destrui-lo. Segundo, em caso de ataque contra estados-maiores e vias de comunicação, a Coreia do Norte tem cenários prontos para ações em caso de guerra. Terceiro, a Coreia do Norte obteve a possibilidade de efetuar um golpe preventivo próprio.Nesse contexto, existem dúvidas de que os EUA possam destruir estados-maiores, vias de comunicação e abrigos de mísseis balísticos e outros objetos importantes, mesmo que o primeiro ataque seja inesperado. Em caso de fracasso de um ponto, todos outros pontos do plano norte-americano se arriscam a fracassar.
#UPDATE Military action against North Korea an 'option': US Secretary of State Tillerson https://t.co/31hjrmPQxQ pic.twitter.com/XlEt01hHk2
— AFP news agency (@AFP) 17 de março de 2017
Como resultado surge a conclusão que uma vitória fácil dos EUA não terá lugar. Se o conflito na península começar, a guerra será longa e destrutiva. Ela vai destruir economicamente a Coreia do Sul, minará a força do Japão e destruirá todos os resultados dos EUA na região.
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