Rússia não vê evidência de que oposição cumprirá plano da ONU para Aleppo

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A alegação de Jan Egeland, conselheiro do enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, de que a implementação do plano humanitário das Nações Unidas para Aleppo depende de Moscou e Damasco não passa de uma distorção dos fatos, segundo afirmou à Sputnik um diplomata russo nesta terça-feira.

Caminho no bairro Bustan al-Qasr, Aleppo, Síria, 20 de outubro de 2016 - Sputnik Brasil
Missão da ONU em Aleppo é evacuada
A medida, apresentada por de Mistura, prevê evacuações médicas, entrega de alimentos e remédios e instalação de funcionários do setor de saúde de forma rotativa em Aleppo, plano que Egeland disse depender do Kremlin e do governo sírio para dar certo. No entanto, de acordo com a fonte ouvida pela Sputnik, essa declaração seria um tanto quanto absurda, uma vez que não há evidências do comprometimento da oposição com a proposta. 

"As alegações de Egeland de que a bola está com Moscou e Damasco são uma distorção dos fatos. Egeland diz que os grupos armados concordaram em implementar o plano humanitário da ONU, mas as supostas garantias e declarações apresentadas por esses grupos não são críveis", disse o diplomata em condição de anonimato. 

De acordo com ele, uma das confirmações passadas à Rússia pelo conselheiro do enviado especial teria sido feita pelo Exército Livre da Síria, mas incluía grupos que não fazem parte do mesmo e não continha nomes ou assinaturas de comandantes em nenhum dos documentos.  

"Suspeitamos que isso possa acabar sendo uma falsificação dada às Nações Unidas pelos militantes", disse. 

Além das razões já citadas para as suspeitas russas, Moscou também não recebeu confirmações do conselho local sobre o plano, conselho esse que teria minado as tentativas de ajuda humanitária em agosto passado. 

"Desta vez, não vimos declarações do conselho local sobre acordo para uma operação humanitária", afirmou o diplomata, acrescentando que a ONU deveria receber essa confirmação antes de fazer exigências a Damasco e Moscou.

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