As razões são óbvias – esta visita do presidente turco poderá significar a reconciliação entre os dois países.
A reunião entre Putin e Erdogan, a ser realizada em Moscou em 9 de agosto, pode ser considerada como um sinal de reconciliação entre as partes.
A revista suíça L'Hebdo indica que, neste contexto, o Ocidente tem todas as razões para se mostrar preocupado.
"Apenas um dia após a tentativa malsucedida de golpe, os laços russo-turcos deram uma volta para melhor", escreve a edição.
Há rumores de que a Rússia tenha advertido o presidente turco da possibilidade de golpe algumas horas antes de os comandantes golpistas terem assaltado o hotel onde Erdogan estava. De acordo com a L'Hebdo, a declaração feita na altura pelo primeiro-ministro turco Mevlut Cavusoglu é prova disso.
"Durante a tentativa de golpe, a Rússia nos providenciou apoio pleno e incondicional. Agradecemos a Vladimir Putin e a todos os oficiais russos… A Rússia não só é nosso amigo e vizinho próximo, mas também parceiro estratégico", anunciou o primeiro-ministro.
Atualmente o exército turco conta com 315 mil soldados, sendo a segunda força mais numerosa da OTAN. A própria Turquia tem uma "posição estratégica na fronteira entre o Ocidente e o Mundo Árabe, Cáucaso e Rússia".
É pouco provável que Erdogan considere a saída do seu país da OTAN. Mas, ao manter relações de amizade com Putin, o presidente turco sinaliza claramente que não permitirá ser enganado.
Embora inicialmente os dois países tivessem tido visões contrárias do conflito sírio, agora Erdogan não acha mais que o apoio aos rebeldes na Síria seja uma boa ideia. A sua intenção de impedir o estabelecimento de um Estado curdo junto à fronteira turca torna Putin imprescindível nesse sentido, o que é um sinal de que a Rússia e a Turquia têm mais razões para se reconciliar. Sem dúvida, tal cenário poderá alterar significativamente o equilíbrio de forças na Síria.
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