Situação em Odessa se torna cada dia mais tensa

© AFP 2023 / Genya SavilovMembros do Regimento Azov, em Mariupol.
Membros do Regimento Azov, em Mariupol. - Sputnik Brasil
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A unidade do regimento Azov chegou a Odessa para realizar exercícios de detecção e neutralização dos grupos terroristas, os militantes estão prontos a participar na defesa da ordem pública se for necessário, disse o porta-voz da organização, Andrei Dyachenko.

O Ministerio do Interior da Ucrânia anteriormente avisou que as forças de segurança tinham recebido a permissão de abrir fogo no caso de "atos agressivos com armas". O conselheiro do ministro, Zoryan Shkiryak, frisou que as unidades estão em alerta máxima.

Os representantes de Azov, formado em 2014 como batalhão voluntário para reprimir a rebelião popular em Donbass e que adquiriu a fama de unidade com concentração de neonazistas, disseram a jornalistas que regimento tinha chegado a Odessa para participar nos treinamentos antiterroristas, mas também está pronto a cumprir "ordens de qualquer gravidade".

Mais cedo, Mikheil Saakashvili, atual governador da região de Odessa e ex-presidente da Geórgia, declarou que o presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, tinha mandado enviar para Odessa adicionalmente mais uma mil de funcionários da policia e da guarda nacional para "defesa da ordem pública". Depois o conselheiro Zoryan Shkiryak desmentiu está informação e pediu que parassem a histeria.

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Ao responder à questão sobre o atirado do regimento para a defesa da ordem legal na cidade Dyachenko disse que os combatentes do regimento estavam prontos para cumprir quaisquer ordens.

Nesta terça-feira (26) os desconhecidos bateram os manifestantes, que desde o dia 13 de abril estão fazendo o comício permanente perto da Câmara Municipal de Odessa contra o atual governador da cidade. Além disso, um dos bancos foi bombardeado com lança-granadas. Mikheil Saakashvili viu nestes acontecimentos um sinal de contrarrevolução iminente e declarou que ia pedir ao presidente ajudar "pôr em ordem" a cidade.

A situação em Odessa ficou muito tensa na véspera do aniversário da tragédia do dia 2 de maio de 2014.

Em 2 de maio de 2014, dezenas de ativistas do movimento de protesto contra o golpe ocorrido em Kiev e o novo governo pró-europeu da Ucrânia morreram no edifício da Casa dos Sindicatos de Odessa, que supostamente teria sido incendiado por extremistas radicais do Setor de Direita e os seus cúmplices. Segundo os dados oficiais, a tragédia causou 48 mortes e mais de 250 feridos. 

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