Na sua opinião, quando se trata da Ucrânia a única coisa clara é que nada é claro.
“Penso que devemos compreender que tudo isto é uma parte de um grande jogo. Isso não é a primeira vez que Yatsenyuk tenta [demitir-se]”, disse Schedrivy à rádio Sputnik.
Sim, ele pode ter pedido a demissão, mas o presidente ucraniano Petr Poroshenko e a Suprema Rada (parlamento ucraniano) ainda têm de aprovar a demissão para que entre em vigor, acrescentou o blogueiro.
Um outro aspeto importante é que nada na Ucrânia acontece sem autorização de forças externas, dos EUA em particular, que controlam a política ucraniana.
“O nível de controlo externo do país é sem precedentes e algo que acontece na Ucrânia deve corresponder ao que o controle externo quer que aconteça na Ucrânia”, explicou Schedrivy dizendo que, até que o governo norte-americano aprove o passo de Yatsenyuk, nada está decidido.
Além disso, tornou-se público que no domingo (10) o vice-presidente norte-americano Joe Biden realizou uma conversa telefónica com Yatsenyuk na qual agradeceu o primeiro-ministro ucraniano pelo seu trabalho e expressou a esperança de que, mesmo depois da sua demissão, Yatsenyuk continuará a participar da realização de reformas relacionadas com a associação ucraniana com a União Europeia e as recomendadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
A mídia local menciona que o próximo primeiro-ministro ucraniano pode ser o presidente da Suprema Rada, Vladimir Groysman. Schedrivy disse que, se Groysamn se tornar primeiro-ministro, isso será benéfico para Poroshenko porque Groysam é o seu aliado político muito próximo.
As relações entre Poroshenko e Yatsenyuk recentemente se tornaram muito tensas. Em fevereiro, o Bloco de Petr Poroshenko (o partido político liderado pelo presidente ucraniano) disse que os resultados do governo de Yatsenyuk foram insatisfatórios e apoiou a ideia de dissolver o governo. Em resultado, foi votada uma moção de confiança, mas o governo Yatsenyuk sobreviveu.
Além de Groysman, a ministra da Fazenda do país, Natalia Jaresko, que nasceu e cresceu nos Estados Unidos, também anunciou o seu desejo de assumir o cargo.
A incógnita em torno de quem será o novo primeiro-ministro ucraniano deverá suscitar bastantes paixões. Entretanto, segundo Schedrivy, é pouco provável que algo mude no país com o novo premiê.
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