Segundo o embaixador Konstantin Kosachev, presidente do Comitê Internacional do Senado russo, a Turquia estimula a violência étnica e atira achas na fogueira do conflito no sul do Cáucaso, enquanto a Rússia, assim como outros países responsáveis, continua trabalhando com a Armênia e o Azerbaijão, pedindo que ambas as partes envolvidas no conflito se abstenham do agravamento da situação.
"Erdogan é o único chefe de Estado que ultimamente tem dirigido apelos apenas a uma das partes do conflito, defendendo a posição desta parte" — diz o senador.
Ao mesmo tempo, o ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov optou por não comentar o papel de Ancara nesse agravamento da crise, sublinhando que seria melhor para todos, inclusive para Turquia e todo o seu povo, que o governo do Erdogan deixasse de apoiar o terrorismo.
A Armênia e Azerbaijão, duas ex-repúblicas soviéticas no sul do Cáucaso, denunciaram em 2 de abril o agravamento na zona de conflito em Nagorno-Karabakh: o Ministério da Defesa do Azerbaijão, por sua vez, declarou que houve disparos por parte do Exército armênio enquanto a entidade militar armênia, ao contrário, denunciou “atividades ofensivas” da parte azerbaijana. Segundo os dados da ONU, na sequência do recente agravamento do conflito, já morreram 33 pessoas e mais de 200 ficaram feridas.O conflito entre a Armênia e o Azerbaijão por causa do enclave de Nagorno-Karabakh começou em fevereiro de 1988 quando a região autônoma de Nagorno-Karabakh, povoada principalmente por armênios, anunciou separação unilateral da então República Soviética do Azerbaijão. Em setembro de 1991, na cidade principal da região, Stepanakert, foi anunciada a proclamação da República de Nagorno-Karabakh (NKR). No seguimento desses acontecimentos, o Azerbaijão perdeu o controle deste território.
Desde 1992 estão sendo realizadas negociações sobre uma solução pacífica do conflito, no quadro da OSCE. O Azerbaijão insiste em sua integridade territorial, enquanto a Armênia defende os interesses da república autoproclamada, visto que a NKR não é parte das negociações.
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