‘EUA precisam da Rússia como parceiro em vez de uma OTAN descontrolada’

© Sputnik / Sergey Guneev/POOLPresidente da Rússia Vladimir Putin e presidente dos EUA Barack se encontram às margens da 70ª da Assembleia Geral da ONU, em Nova York
Presidente da Rússia Vladimir Putin e presidente dos EUA Barack se encontram às margens da 70ª da Assembleia Geral da ONU, em Nova York - Sputnik Brasil
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Passados nove anos depois do discurso do presidente russo Vladimir Putin na Conferência de Segurança de Munique em 2007, chegou o tempo de os líderes norte-americanos reconhecerem que precisam da Rússia como parceiro, disse à Sputnik o ex-embaixador dos EUA, Chas Freeman.

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Na opinião do ex-diplomata, agora os EUA têm de conseguir preservar a cooperação com a Rússia nos assuntos de interesse comum.

Deixar a OTAN expandir sem precedentes e incluir todos os países da Europa Central e Oriental foi um erro irresponsável e perigoso, disse Freeman.

“Durante um quarto do século, sem uma ameaça militar identificada à Europa, a OTAN cresceu de 16 para 28 e em breve serão 29 membros. E os Estados Unidos estenderam as responsabilidades norte-americanas na área da defesa até às fronteiras da Rússia, bem como da China”.

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Administrações sucessivas em Washington têm insistido que têm o direito unilateral de preservar ordem em todos os territórios e mares fora do país e aliaram-se com todos os países que tem disputas sobre fronteiras com a Rússia ou a China.

“Agora os norte-americanos são protetores autoproclamados da Geórgia e da Ucrânia, contra o seu vizinho russo. Estamos no processo de assumir uma obrigação de proteger o Vietnã da China, desta vez todo [o país] e não somente a sua parte meridional”, disse.

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Segundo Freeman, nenhuma destas obrigações está na Constituição do país. São somente o produto do hábito, da inércia institucional e da cegueira de Washington em relação à realidade da ordem mundial, que está se alterando.

O ex-embaixador norte-americano sublinhou que os EUA precisam aceitar a proposta de Putin de iniciar um diálogo sério em vez de continuar no caminho perigoso que o presidente russo descreveu no seu discurso em Munique em 2007. Sem a Rússia, não é possível lidar com os problemas internacionais na Europa, Oriente Médio, Afeganistão e no Ártico. Demonizar a Rússia é uma puerilidade e não deve ser a linha política dos EUA, afirmou.

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