Mídia: 40 crianças suecas vivem entre militantes do Daesh

© AFP 2023 / BULENT KILIC Mãos de crianças curdas sírias em campo de refugiados
Mãos de crianças curdas sírias em campo de refugiados - Sputnik Brasil
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Muitos suecos que viajaram para se juntarem ao Daesh na Síria e no Iraque levaram crianças consigo, informou hoje (2) a Sveriges Radio.

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Segundo as palavras do coordenador nacional de trabalho contra o extremismo, neste momento junto ao Daesh estão 40 crianças suecas.

Em primeiro lugar, se trata de mulheres com cidadania sueca que foram à Síria junto com os seus maridos e filhos, assim como mães solteiras que decidiram se juntar ao Daesh. Mas às vezes acontece que mulheres partem, se casam com terroristas e dão à luz. Neste caso, a criança recebe automaticamente a cidadania sueca se a mãe a tiver. Mas não se sabe muito destas crianças e, por isso, o número de 40 provavelmente não corresponde à realidade, disse à Sveriges Radio Yassin Ekdahl, funcionário do serviço do coordenador do trabalho contra o extremismo.

Algumas destas crianças já regressaram à Suécia, mas antes disso eles testemunharam cenas de violência ou até foram sujeitas de violência.

“Eles veem os assassinatos como parte de vida, sobrevivem a bombardeamentos e aprendem a justificar o assassínio de pessoas de outra fé”, opina Yassin Ekdahl. 

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Os pais de tais crianças, ao contrário dos refugiados comuns, não pedem ajuda quando voltam à Suécia e forçam as crianças a guardar silêncio sobre o que eles viveram e testemunharam.

O grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e reconhecido como terrorista pelo Brasil) autoproclamou-se "califado mundial" em 29 de junho de 2014, tornando-se imediatamente uma ameaça explícita à comunidade internacional e sendo reconhecido como a ameaça principal por vários países e organismos internacionais. Porém, o grupo terrorista tem suas origens ainda em 1999, quando um jihadista de tendência salafita, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, fundou o grupo Jamaat al-Tawhid wal-Jihad. Depois da invasão norte-americana no Iraque em 2003, esta organização começou a fortalecer-se, até transformar-se, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque. A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela altura, mas reconhecida secretamente, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos.

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