Macri toma posse sem Kirchner e apela por unidade da Argentina

© REUTERS / Andres StapffArgentina's President Mauricio Macri
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Mauricio Macri assumiu nesta quinta-feira (10) a presidência da Argentina tendo como aliados os governos dos maiores distritos eleitorais do pais, entre eles a Província de Buenos Aires (a maior e mais rica da Argentina) e a capital, Buenos Aires.

No entanto, Macri não tem maioria no Congresso, que continua sob controle do Partido Justicialista (ou Peronista) de sua antecessora, Cristina Kirchner. Com isso, Macri vai precisar de apoio para realizar as promessas de campanha, a começar pela redução da inflação de mais de 20% ao ano.

No primeiro discurso como presidente, Macri prometeu combater a pobreza, o narcotráfico e a corrupção, além de defender as conquistas sociais, a educação e um Poder Judiciário independente. Ele pediu, principalmente, a união dos argentinos, mesmo os que não votaram nele e que representam 48% do eleitorado. 

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“Temos de tirar o enfrentamento do centro do cenário", afirmou o presidente ao prometer um estilo novo de governar, sem “personalismo” e com trabalho de equipe. “Os conflitos desnecessários geram fanatismos que, tantas vezes, nos arrastaram à violência”, acrescentou.

O discurso foi pronunciado no Congresso, onde Macri prestou juramento perante legisladores e presidentes de outros países. Candidatos derrotados nas eleições presidenciais argentinas, inclusive o governista Daniel Scioli, estiveram presentes. A ex-presidente Cristina Kirchner e parte de sua bancada não compareceram, um sinal de que a união proposta por Macri pode demorar a se concretizar. Até a cerimônia de posse foi motivo de disputa.

A falta de acordo prejudicou a organização do evento, que envolvia também a chegada de delegações internacionais. A Justiça foi acionada para decidir quem tinha direito a decidir como e onde seria a festa. Ao ser informada que seu mandato terminava oficialmente à meia-noite de quarta-feira (9) — e não ao meio-dia de quinta (horário previsto para o juramento de Macri)  - Cristina resolveu não participar da festa.

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Cristina e seus ministros deixaram o governo na quarta-feira à noite, sem que fosse assinado o decreto prevendo a exclusão aérea para facilitar o pouso, nesta quinta-feira, dos aviões presidenciais.  A presidenta Dilma Rousseff, que deveria ter desembarcado em Buenos Aires às 11h20, chegou atrasada e perdeu a cerimônia no Congresso, porque o avião foi obrigado a sobrevoar a capital argentina durante 20 minutos, antes de poder aterrisar na Base Aérea Militar.

Mas Dilma teve um encontro bilateral com Macri na Casa Rosada antes da segunda parte da cerimônia: a entrega da faixa presidencial e do bastão de comando. O Brasil foi o primeiro pais visitado por ele após a vitória na eleição, no dia 25 de novembro. Além de Dilma, participaram da solenidade os presidentes da Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai, informou Agência Brasil.

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