ONU vota o fim do embargo a Cuba e pode fazer história

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A ONU deverá ter um dia histórico nesta terça-feira (27). Os 193 membros das Nações Unidas deverão votar o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba. O embargo é um dos mais longos da humanidade, tendo sido decretado em 7 de fevereiro de 1962.

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Governadores de estados norte-americanos pedem o fim das sanções contra Cuba
As sanções à ilha poderão ser levantadas após a votação da Assembleia Geral da ONU. A maioria dos países já se mostraram favoráveis ao projeto sobre o fim do embargo. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apresentará uma resolução condenando o bloqueio. Ele deseja que o documento seja um marco dos 70 anos de fundação do organismo.

Um pedido semelhante foi feito por Cuba no ano passado e aprovado por 188 países. No entanto, três nações se abstiveram e EUA e Israel votaram contra. Agora, com a reaproximação diplomática entre Havana e Washington, incluindo a reabertura de embaixadas norte-americanas e cubanas em solo da outra parte, a expectativa é de que o bloqueio econômico enfim deixe de existir.

O líder de Cuba, Raúl Castro, e o presidente dos EUA, Barack Obama, já se reuniram duas vezes desde a retomada das relações, em dezembro de 2014. A última aconteceu no dia 29 de setembro à margem da Assembleia Geral da ONU. Os dois se mostraram satisfeito com o encontro e o norte-americano se declarou favorável à derrubada das sanções.

“Durante 50 anos, os EUA mantiveram uma política sobre Cuba que fracassou em melhorar a vida dos cubanos. Isso mudou. Ainda mantemos diferenças com o governo cubano e continuaremos a defender os direitos humanos, mas faremos isso por meio da diplomacia e do crescimento do comércio”, declarou Obama em seu discurso na ONU.

No entanto, a imprensa internacional vem especulando nos últimos dias uma possível abstenção dos EUA ou mesmo uma posição contrária sob a alegação de que o texto não abrange completamente o novo espírito mantido entre os dois países. A situação seria uma forma de se ajustar a contrariedade do Congresso norte-americano, de maioria republicana.

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